COMUNICAÇÃO COORDENADA
1243 | EXPERIÊNCIA VIVENCIADA COM GRUPO DE PESSOAS DIABÉTICAS | Autores: Cleisiane Xavier Diniz () ; Maria de Nazaré de Souza Ribeiro (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Selma Barboza Perdomo (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Joaquim Hudson de Souza Ribeiro (Faculdade Salesiana Dom Bosco) ; Orlando Gonçalves Barbosa (Faculdade Salesiana Dom Bosco) ; Edvânia da Costa Oliveira (Faculdade Martha Falcão) |
Resumo: O saber científico e seus avanços, por certo, respondem pela grande amplitude do conhecimento acerca do Diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Todavia, reconhece-se que as pessoas constroem modos singulares ou resultantes de compartilhamentos, que resultam em enfrentamentos de ordem prática no cotidiano. Portanto, faz-se necessário o desenvolvimento de atividades de promoção da saúde para pessoas com DM2, aproximando e valorizando os saberes populares e acadêmicos em vista de futuras contribuições científicas e de estratégias de prevenção e intervenção frente aos crescentes casos de diabetes no país e no mundo. O objetivo deste estudo foi empoderar de conhecimento as pessoas acometidas pela DM2 para melhorar sua qualidade de vida.Trata-se de relato de experiência de projeto de extensão realizado entre a Universidade do Estado do Amazonas e pessoas acometidas pela DM2. A amostra foi constituída de 3 pessoas com DM2, moradoras do bairro de Petrópolis, Manaus (AM), que se encaixaram nos critérios de inclusão. Buscou-se desenvolver a metodologia da Educação Popular em Saúde partindo da ideia de que a promoção da saúde da pessoa com DM é construída com ele, e não para ele, envolvendo neste processo vivências capazes de estimular reflexões críticas sobre si mesmos e suas realidades. Foram realizados encontros de 15 em 15 dias (nas quartas feiras), de 8 as 12 horas, no período de 18 meses. 7% dos participantes eram do sexo feminino, com faixa etária de 3 a 65 anos. Os encontros contaram com participação e colaboração de uma equipe multiprofissional (Enfermeiras, Psicólogos, Educadores físicos, Médico, Assistente Social). Houve a sensibilização para a participação e auxilio no processo dos mesmos. Foram desenvolvidas: encontros de sensibilização, avaliação do perfil clínico, rodas de conversa, promoção de encontros de educação continuada de orientações para o autocuidado com temas relacionados à DM2, treinamento para automonitoramento domiciliar da glicemia capilar, avaliação nutricional, produção de material educativo sobre DM2, controle de hemoglobina glicosilada e níveis de colesterol. As informações transmitidas se mostraram relevantes, incentivando-os a mudanças de hábitos e aprimoramento do conhecimento sobre saúde e qualidade de vida. A interação com o grupo possibilitou abordar curiosidades, inquietações e saberes populares relacionados às práticas de hábitos saudáveis, levando-os à mudanças de estilo de vida e melhoria dos indices glicêmicos.
Palavras chave: Diabetes Mellitus; Educação Popular; Educação em saúde.
Referências:
1. American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes. Diabetes Care 28:suplemento 1, janeiro, 212
2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 3ª ed; Itapevi – SP: A Araujo Lima Farmacêutica, 29.
3. World Health Organization. Definition and Diagnosis of diabetes mellitus and intermediate hiperglicemia. Report of a WHO/DF consulation. pp.21-5, 26. |