COMUNICAÇÃO COORDENADA
1231 | OBESIDADE COMO RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS | Autores: Cleisiane Xavier Diniz () ; Maria de Nazaré de Souza Ribeiro (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Jéssica Lisla Rodrigues Moura (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Fernanda Farias de Castro (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Selma Barboza Perdomo (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Joaquim Hudson de Souza Ribeiro (Faculdade Salesiana Dom Bosco) |
Resumo: Nos últimos anos, a população brasileira tem passado por uma importante transformação demográfica, com o aumento do número de idosos e a queda da taxa de fecundidade. Os inquéritos brasileiros investigativos quanto esta população com excessos de peso são raros, dificultando enxergar a realidade instalada e o grau de exposição do indivíduo ao aparecimento de doenças cardíacas, que poderiam ser evitadas ou minimizadas, monitorizando seu estado nutricional. O presente estudo objetivou identificar obesidade em um grupo de idosos como possível risco cardiovascular. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo. Fizeram parte da pesquisa 42 idosos (>6 anos) integrantes da Pastoral da Pessoa Idosa, em Manaus (AM). A amostra foi de 1%, e Índice de Confiança de 95%. O instrumento utilizado foi o Mini Avaliação Nutricional (MAN), além da avaliação do Índice de Massa Corporal, específica para idosos, proposto pela World Health Organization. Os resultados mostraram uma média de idade de 68; a faixa predominante foi de 6 a 69 anos (64,4%). Na associação dos resultados obtidos por meio do MAN e IMC, 6 indivíduos que se apresentaram nutrido na avaliação por meio do MAN foram identificados como obeso pelo cálculo do IMC, e 15 deles com excesso de peso; 11 idosos apresentaram-se em risco nutricional sem identificação se esse risco é para excesso de peso ou desnutrição, enquanto que na avaliação do IMC a somatória de excesso de peso e obesidade foi de 3 indivíduos (71,4%). O MAN não conseguiu identificar os indivíduos com sobrepeso e obesos, dificultando a avaliação para este objetivo, tendo sido de maior valia os dados obtidos por meio do IMC, que forneceu resultados mais claros quanto a situação de obesidade dos idosos. Estudos já demonstraram associação direta entre o aumento da massa corpórea (IMC = 29 kg/m²) e a ocorrência de 7% dos casos de infarto não fatal, bem como morte por doença cardiovascular. A eliminação de um desses fatores de risco pode levar à redução de morbidade e mortalidade, permitindo maior longevidade com qualidade de vida. A alta taxa de sobrepeso e obesidade encontrada nesse grupo remete à necessidade de maior atenção pelo fato da obesidade representar um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, uma vez que por traz dela, normalmente estão presentes hábitos alimentares inadequados, aumento da pressão arterial, hipercolesterolemia, presença de diabetes tipo 2 e pouca prática de atividade física.
Palavras-chave: Envelhecimento. Obesidade. Risco cardiovascular
Referências
1. Silva JCR, Barbieri TS, Silva ZSS. Estudo dos principais fatores de risco relacionados à obesidade infantil, segundo a opinião de seus responsáveis. Revista Científica do ITPAC. 214; 7(2):1-22.
2. Olshansky SJ et al. A potential decline in life expectancy in the United States in the 21st century. N Engl J Med. 25; 52: 1138-45.
3. Serrano et al. Obesity and coronary artery disease. Arq Bras Cardiol. 21; 94(2) |