COMUNICAÇÃO COORDENADA
1217 | ÍNDICE DE CURA DA TUBERCULOSE EM REGIÃO DE FRONTEIRA, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL | Autores: Vânia Paula Stolte Rodrigues () ; Eluana Vieira da Silva (Faculdade UNIGRAN Capital) ; Janaína Oliveira do Nascimento (Faculdade UNIGRAN Capital) ; Jeniffer Oliveira Custódio (Faculdade UNIGRAN Capital) ; Everton Ferreira Lemos (Faculdade UNIGRAN Capital) ; Rosilene Canavarros (Faculdade UNIGRAN Capital) |
Resumo: Introdução: a tuberculose constitui um sério problema de saúde pública mundial, apresentando estreita relação com as condições socioeconômicas da população. O Brasil está entre os 22 países no mundo que apresentam maior incidência da doença, merecendo uma atenção especial para regiões onde a taxa de cura ainda não atingiu a porcentagem mínima de 85%. Objetivo: descrever a porcentagem de cura para tuberculose nos municípios de fronteira com o Paraguai e Bolívia, no estado de Mato Grosso do Sul. Materiais e métodos: trata-se de um estudo descritivo com base em dados secundários disponibilizados publicamente na Sala de Apoio a Gestão Estratégica – SAGE, do Ministério da Saúde, e pesquisados nos meses de maio e junho de 216. As informações encontradas foram referentes ao período de 29 a 213. Resultados e discussão: os municípios de fronteira com a Bolívia, Corumbá e Ladário, apresentaram uma porcentagem de cura que variaram de 6% a 8%, onde Ladário teve a menor porcentagem. Os demais municípios fazem fronteira com o Paraguai e apresentaram uma porcentagem de cura que variou de 1% a 5% para o período. Neste último caso, merecem atenção os municípios de Porto Murtinho, Paranhos, Coronel Sapucaia, Caracol, Mundo Novo, Sete Quedas que, além de apresentarem taxas menores que 85% de cura, tiveram ausência de registros em alguns anos. Sabe-se que a região de fronteira merece uma atenção diferenciada devido a vulnerabilidade apresentada e as dificuldades em manter equipe permanente de saúde para dar continuidade aos programas de controle da doença. Deve-se considerar ainda as populações indígenas habitantes na região, sobretudo na fronteira seca com o Paraguai. Conclusões: os municípios do estado de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com Bolívia e Paraguai apresentaram, em sua maioria, uma porcentagem de cura menor que 85%, também mostrando ausência de informações em alguns dos anos do estudo. Isso evidencia a necessidade de maior vigilância nessa região, com melhoria dos programas, sobretudo por meio da continuidade dos trabalhos realizados pelas equipes de saúde. É necessário também uma atenção especial aos povos indígenas que habitam a região de fronteira seca entre os países.
Descritores: tuberculose, epidemiologia, vigilância em saúde |