COMUNICAÇÃO COORDENADA
1187 | BAIXA RESOLUTIVIDADE COMO FATOR DE DISTANCIAMENTO DE MULHERES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA | Autores: Andiara Rodrigues Barros () ; Edméia de Almeida Cardoso Coelho (Universidade Federal da Bahia-UFBA) ; Rosália Teixeira Luz (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB) ; Maria de Fátima Alves Aguiar Carvalho (Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF) |
Resumo: Na Estratégia Saúde da Família (ESF), equipes multiprofissionais estabelecem relação de proximidade com as demandas da população, facilitando o acesso e a utilização dos serviços, todavia tem sido constatado em pesquisas o distanciamento de mulheres das Unidades de Saúde da Família. Este trabalho teve como objetivos descrever fatores que levam ao distanciamento de mulheres da ESF. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, tendo a integralidade como categoria analítica. Foi desenvolvida em uma área de cobertura da ESF, com 12 mulheres em idade reprodutiva. O material empírico foi produzido por entrevista semiestruturada e analisado pela técnica de análise de discurso(1). Os resultados mostram que as mulheres não se vinculam à ESF por descontinuidade da equipe de saúde, sobretudo ausência de médico/a, precária infraestrutura material e superficialidade das relações entre profissionais e usuárias. Baixa resolutividade é determinante do distanciamento das mulheres do serviço e as enfermeiras são as profissionais de maior presença, oferecendo ações que garantem a sobrevivência dessa Estratégia. Urge uma reorganização política em que o Estado assuma o seu papel, constituindo equipes que possam retomar a credibilidade da proposta da ESF, orientada pelas competências formal e política necessárias à integralidade.
Descritores: Estratégia Saúde da Família; Saúde da mulher.
1. Fiorin JL. Linguagem e ideologia. São Paulo: Ática; 23.
EIXO I – Linhas de cuidado e Política de Saúde. |