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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1166

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1166

DESPERSONIFICAÇÃO DO CUIDADOR FAMILIAR EM ÂMBITO DE ATENÇÃO DOMICILIAR

Autores:
Stefanie Griebeler Oliveira () ; Francielli Silvério Lima (Prefeitura Municipal de Pelotas) ; Silvia Francine Sartor (Universidade Federal de Pelotas) ; Adrize Rutz Porto (Universidade Federal de Pelotas) ; Barbara Pereira Terres (Universidade Federal de Pelotas)

Resumo:
Objetivamos discutir sobre a possibilidade de despersonificação de algumas pessoas que assumem o papel de cuidador no âmbito domiciliar. A partir do projeto de extensão intitulado “Um olhar sobre o cuidador familiar: quem cuida merece ser cuidado”, o qual já acompanhou em torno de 5 cuidadores vinculados a programas de atenção domiciliar da cidade de Pelotas/RS, percebemos que os espaços de escuta propiciados a eles, por meio de visitas domiciliares são fundamentais para o cuidado de si. A possibilidade ou não da escolha de ser cuidador pode acarretar diversos efeitos na vida dessa pessoa, sejam nos aspectos emocionais, sociais e físicos, abarcando questões financeiras, sociais, e familiares. O cuidador, normalmente, acaba se sobrecarregando no período em que realiza o cuidado, privando-se muitas vezes de seus afazeres cotidianos, ocupacionais ou de lazer(1). Além disso, tal indivíduo pode ficar privado de sono devido à vigília dedicada ao paciente, bem como de uma boa alimentação e também de higiene. Dessa forma, a constante preocupação com o objeto do cuidado, o paciente, pode relegar o próprio cuidador a ficar em segundo plano, despersonificando-o. Consequentemente, o mesmo pode abrir mão de si e de suas prioridades em prol da saúde e do cuidado de um ente querido, restringindo suas prioridades e podendo causar insatisfações diárias de todos os tipos. Em muitas situações, os cuidadores acompanhados pelo projeto, sentindo-se invisíveis, tiveram dificuldades de entender que as ações eram voltadas a eles, e não para o paciente. Assim, destacamos que os espaços que propiciem a reflexão acerca de si nos cuidadores podem ajudá-los a se sentirem melhor nesse processo de cuidado. Referências 1. Oliveira SG, Kruse MHL, Sartor SF, Echevarría-Guanilo ME. Enunciados sobre a atenção domiciliar no cenário mundial: revisão narrativa. E Global. 215;(39):375-89.