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1154 | RECÉM-NASCIDO EGRESSO DA UTIN E NÃO ADESÃO AO SEGUIMENTO AMBULATORIAL: FATORES PREDISPONENTES | Autores: Carolina Santiago Vieira () ; Laís Machado Freire (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Pedro Sérgio Camponez (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Isadora Leopoldino Maciel (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Mariana Bueno (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Elysângela Dittz Duarte (Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo: Introdução: Crianças que sobrevivem à experiência da internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) apresentam risco para morbidades e necessitam de continuidade do acompanhamento após alta hospitalar no seguimento ambulatorial.¹ Entretanto, muitas famílias abandonam esse atendimento por questões pouco conhecidas. Objetivo: Analisar fatores predisponentes a não adesão do recém-nascido egresso da UTIN no seguimento ambulatorial. Metodologia: Estudo transversal realizado em um hospital filantrópico de Minas Gerais. Foram incluídas 646 crianças que receberam alta da UTIN e foram encaminhadas para o seguimento ambulatorial da mesma instituição no período entre 1º de outubro de 214 a 3 de setembro de 215. Os dados foram coletados no momento da alta por meio de instrumento estruturado. Foi realizado o acompanhamento de assiduidade às consultas. Resultados: O não comparecimento a nenhuma consulta no ambulatório de seguimento foi verificado em 137 (21,2%) participantes. Evidenciou-se que as crianças que não aderiram ao acompanhamento tiveram menor tempo de internação na UTIN (p<,1), ventilação mecânica na UTIN (p=,13), ventilação não invasiva (p<,1) e nascimento de parto vaginal (p=,18). Foram encontradas também menores taxas de diagnósticos pulmonares (p<,1), cardiológicos (p<,32), encaminhamento para a enfermagem (p<,1) e idade gestacional ao nascer (p<,1). Conclusão: Ainda que tenham sido identificadas diferenças estatísticas significativas, essas não podem ser individualmente definidas como preditoras do não seguimento, visto que o abandono pode ser determinado por vários aspectos, sendo necessário à análise conjunta de outras variáveis. Implicações para enfermagem: O conhecimento sobre os fatores predisponentes para a não adesão ao seguimento ambulatorial permite ao enfermeiro realizar melhorias na assistência, a fim de perceber alterações e com isso possibilitar uma intervenção precoce.
Descritores: Continuidade da Assistência ao Paciente, Assistência Ambulatorial, Recém-nascido
Referencia: Braga, PP, Sena, R.R. Estratégias para efetivar a continuidade do cuidado pós-alta ao prematuro: revisão integrativa. Acta Paul Enferm. 212;25(6):975-8 |