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1147 | Mulheres invisíveis: a representação social da prostituição e seus dilemas ético-profissionais no entorno do Distrito Federal | Autores: Ângela Felício Sousa Silva Ramos () ; Maria Luzineide Pereira da Costa Ribeiro (Facesa) ; Gabriella Nogueira Carvalho (FACESA) ; Walquiria Lene dos Santos (FACESA) ; Cristilene Akiko Kimura (FACESA) ; Glaucia Teles de Araújo Bueno (FACESA) |
Resumo: Conhecida pelo senso comum como a “profissão mais antiga do mundo”, a prostituição assumiu diversas configurações ao longo da história da humanidade. Mesmo naturalizada socialmente, ainda é objeto de repulsa e de preconceitos. O presente artigo tem como objetivo contribuir para a discussão sobre aspectos reais da percepção desta mulher em relação ao cotidiano da prostituição. Como metodologia, foram utilizadas técnicas de entrevistas estruturadas com questões abertas e fechadas. O lócus da pesquisa se restringiu ao entorno do Distrito Federal, especificamente, às cidades de Valparaíso de Goiás à Luziânia num complexo de prostíbulos que estão localizados à margem da rodovia BR4. Foi assegurado o anonimato das entrevistadas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética. O resultado demonstrou que a maioria das profissionais do sexo entrevistadas tinha em média entre 18 e 25 anos (66,6%), solteiras e sem parceiros fixos. A curiosidade pela profissão foi apontada pela metade das participantes como a principal motivação para seu ingresso, Em média, cobram entre 1 e 15 reais por programa, permitindo que tenham sua renda mensal entre 1 a 4 salários mínimos. O uso de entorpecentes é admitido por 16,6% delas. Conclusões: o estudo demonstrou que a invisibilidade existe se tornando tão arraigada, levando estas mulheres a vivenciar uma realidade obscura. Este estudo contribui para a Enfermagem, no sentido de promoção de ações voltadas para esta população.
Palavras-chave: Cuidado, sexo, sexualidade.
Eixo I: Linhas de cuidado e políticas de saúde
Referências
Dimenstein, G. Meninas da Noite: A Prostituição de Meninas Escravas no Brasil. São Paulo: Ática. 1992.
Engel. M. Meretrizes e doutores: saber médico e prostituição no Rio de Janeiro- 184-189. São Paulo: Brasiliense, 24.
1, 2 Acadêmicas do 6º período do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires - 3 Letras. Mestre. Docente da Faculdade de Ciência e Educação Sena Aires. 4 Enfermeira, Mestre. Coordenadora do curso de Enfermagem e Docente da Faculdade de Ciência e Educação Sena Aires. Email para contato walquiria@senaaires.com.br |