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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1138

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1138

AIDS E PECADO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE LÍDERES RELIGIOSOS PENTECOSTAIS

Autores:
Caren Camargo do Espírito Santo () ; Antonio Marcos Tosoli Gomes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Bruno Rafael Gomes Valois (Faculdade Gama e Souza) ; Glaudston Silva de Paula (Faculdade Gama e Souza) ; Eva de Fátima Rodrigues Paulino (Faculdade Gama e Souza) ; Andreza Gonçalves Vieira Amaro (Faculdade Gama e Souza)

Resumo:
Este estudo objetiva compreender as representações sociais da aids para líderes evangélicos pentecostais. Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo baseado na Teoria das Representações Sociais, realizado com 3 líderes religiosos de três igrejas evangélicas pentecostais. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas e analisados através da análise temática-categorial1, resultando em quatro categorias. Os líderes incorporaram elementos do universo reificado através da representação da aids como doença transmissível, causada por um vírus e incurável. Possuem como imagem da aids principalmente a morte. A ancoragem da aids para os líderes religiosos está centrada na ideia de pecado, principalmente quando relacionam a síndrome com o castigo divino e desobediência às leis de Deus. A cura-divina, uma das características centrais do pentecostalismo, também aparece no discurso dos líderes religiosos associada à salvação da alma e devendo ocorrer mediante a vontade divina, a fé e o arrependimento do pecado. Observa-se, ainda, uma tensão sócio-institucional dentro da Igreja no contexto do HIV/Aids: ao mesmo tempo em que os líderes percebem a Igreja como um fator de proteção para a infecção pelo HIV, revelam que não está preparada para lidar com aqueles que já possuem o vírus. Conclui-se que a avaliação negativa da aids e as imagens e atitudes em referência à síndrome possuem raízes em compreensões da síndrome no início da epidemia. Este estudo permite ao enfermeiro compreender a organização do pensamento social da religião evangélica acerca da aids para, a partir de então, trabalhar juntamente com a pessoa com HIV/Aids a aceitação da doença, a vivência cotidiana com a síndrome e a adesão à terapia medicamentosa utilizando as representações positivas como estratégia para o bem viver com HIV/Aids. Referências 1. Bardin L. Análise de conteúdo. Ed. rev. e ampl. São Paulo: Edições 7, 211.