COMUNICAÇÃO COORDENADA
1089 | INTERFACE À EPISTEMOLOGIA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: RELAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO EM UM PRONTO SOCORRO REGIONAL BRASILEIRO | Autores: Vania Marta Pradebon () ; Dolores Reginato Chagas (Hospital Universitário de Santa Maria - UFSM) ; Suzinara Beatriz Soares de Lima (Hospital Universitário de Santa Maria - UFSM) ; Verónica Tozzi (Universidad Nacional de Tres de Febreros - Buenos Aires - Argentina) |
Resumo: O objeto do estudo foi as relações entre os profissionais da saúde de nível superior, que trabalham no serviço de urgência e emergência, sendo uma investigação empírica, de natureza qualitativa, com enfoque teórico na sociologia de Bourdieu. A pesquisa foi norteada pelo objetivo: desvelar como, no campo da saúde, processam-se as relações entre os profissionais da saúde de nível superior, no cenário do Pronto Socorro Regional de um hospital brasileiro de ensino e de assistência, localizado no interior do Rio Grande do Sul, Brasil. A estratégia teórico-metodológica configurou-se pela Teoria Fundamentada nos Dados (TFD). Os dados foram constituídos pela transcrição de nove entrevistas semi-estruturadas, registros do diário de campo e da observação não participante, no período de dezembro de 211 e janeiro de 212. A amostra constituiu-se de enfermeiros, médicos, nutricionistas e fisioterapeuta que laboram na assistência aos pacientes/família em situação de urgência e emergência. A apresentação, análise e discussão dos resultados da investigação culminaram na elaboração das categorias, subcategorias e componentes, chegando-se a quatro categorias principais. Tendo como Categoria Central: as Relações Entre Profissionais da Saúde de Nível Universitário, no Pronto Socorro Regional, são Permeadas por Ordens e Desordens, Advindas dos Diferentes Saberes e Fazeres, Interferindo na Assistência ao Paciente/Família. Desse modo, concluiu-se que a academia inculca a cultura, os valores, o saber-fazer, as atitudes específicas (habitus) de cada profissão (habitus de classe) nos graduandos, durante a socialização profissional e eles reproduzem nos serviços de saúde, durante o trabalho em equipe, com um agir-fazer unilateral, não colaborativo, por não terem a vivência da aprendizagem interprofissional para atender as necessidades de saúde dos pacientes/família, bem como solucionar os problemas que interferem na produção de saúde. |