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1074 | USUÁRIO DE CRACK: UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A CONSTRUÇÃO DE CLASSE DE PESSOAS | Autores: Dolores Reginato Chagas () ; Vânia Marta Predebon (Hospital Universitário de Santa Maria - UFSM) ; Suzinara Beatriz Soares de Lima (Hospital Universitário de Santa Maria - UFSM) ; Verónica Tozzi (Universidad Nacional de Tres de Febrero - Buenos - Aires Argentina) |
Resumo: Esta investigação é um trabalho empírico concreto de análise crítica de discurso com um enfoque epistemológico hackingnsiano. Objetivo:analisar as práticas discursivas dos profissionais da saúde referentes à classificação dos usuários de crack atendidos nos Serviços de Saúde Mental da 4ª Coordenadoria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologia: configurada pelos pressupostos da Análise Crítica do Discurso. Os dados foram constituídos por textos resultantes das práticas discursivas produzidos pelos profissionais de saúde mental (enfermeiros, psicólogos, médicos, assistentes sociais), na assistência de 19 usuários de crack, atendidos em situação de urgência e emergência, no período de outubro de 211 a setembro de 212. Resultados: Parte I, refere-se à caracterização dos usuários de crack e a Parte II, à análise crítica sobre a representação dos atores sociais usuários de crack, em situação de urgência e emergência psiquiátrica, no discurso dos profissionais de saúde mental. Conclusão: os usuários de crack inserem-se em uma realidade social que corresponde a um modo de viver singular, de se relacionarem consigo, com os outros e com os objetos, resultando em comportamentos peculiares de um grupo de pessoas que fazem uso drogas, mas também vivem em espaços particulares e coletivos. As práticas discursivas, produzidas por profissionais de saúde mental, interferem na construção de classe de pessoas, no cuidado de si e do outro, assim como no modo de viver dos usuários de crack. Portanto, refletir criticamente como os atores sociais usuários de crack são representados dentro da Rede de Assistência Psicossocial possibilita elencar as necessidades de cuidado e criar subsídios para (re)organizar ações de saúde mais eficazes e adequadas às pessoas que usam crack e que lhes permitam fazerem escolhas referentes a seu estilo de vida. |