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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1035

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1035

ESPAÇO RESTRITO PARA A FAMÍLIA NA UTI ADULTO: EXPRESSÃO DE ENFERMEIROS INTENSIVISTAS

Autores:
Cristiane Michele Sampaio Cutrim () ; Rodson Glauber Ribeiro Chaves (Universidade Federal do Maranhão) ; Francisca Georgina Macedo de Sousa (Universidade Federal do Maranhão) ; Andrea Cristina Oliveira Silva (Universidade Federal do Maranhão) ; Laís Barreto Aragão (Universidade Federal do Maranhão)

Resumo:
Introdução: A família tem sido preocupação crescente para o cuidado de enfermagem em diferentes contextos da prática assistencial, entretanto, tem encontrado nos profissionais da área resistências e concepções incoerentes com as práticas avançadas direcionadas a essa unidade social, em especial, no contexto da terapia intensiva. Com essa assertiva questionou-se: que atitudes são adotadas pelo enfermeiro intensivista para cuidar da família? Teve como objetivo construir o discurso de enfermeiros nas relações de cuidados com família em terapia intensiva adulto. Metodologia: a pesquisa foi guiada pela abordagem qualitativa e a análise dos dados apoiada pelo Discurso do Sujeito Coletivo por meio das três figuras metodológicas Expressões-Chave, Ideias Centrais e Ancoragem. Após análise de cada registro e determinar as Expressões-chave foi identificada três Ideias Centrais para a construção do discurso. O corpus constituiu-se por 18 registros dos quais emergiram 146 expressões-chaves que reagrupadas originaram as Ideias Centrais. Os dados brutos foram coletados por meio de registros das percepções dos enfermeiros quanto as atitudes de cuidado do enfermeiro em terapia intensiva. Resultados: Será apresentado a Ideia Central “Espaço restrito para a família na UTI adulto: a expressão de enfermeiros intensivistas”. O discurso dos enfermeiros revelaram situações restritivas à família em terapia intensiva e com poucos esforços em adotar práticas de cuidado a esse grupo. Confundem família com acompanhante do usuário/paciente ou de supervisor da enfermagem e revelaram forte paradigma positivista adotado nas relações de cuidado que estigmatiza o ambiente da terapia intensiva como contexto de alta densidade tecnológica de atenção a enfermidades e com pouco espaço para as relações de cuidado à família. Conclusão: é urgente a necessidade de tomar a família como unidade de cuidado para a enfermagem e de mudanças nas formas de relacionar-se, de perceber e de intervir na e com a família nos diferentes espaços de cuidado e atribui aos profissionais o papel de parceiros, articulados e cuidadores.