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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1034

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1034

Compreendendo o ciclo gravídico-puerperal da etnia Saterê-Mawé: um relato de experiência

Autores:
Paula Andréa Silva Machado () ; Aline Pinheiro Vidal (Universidade Federal do Amazonas) ; Camila Coelho de Araújo (Universidade Federal do Amazonas) ; Nathalia Barbosa dos Santos (Universidade Federal do Amazonas) ; Vítor Souza da Costa (Universidade Federal do Amazonas) ; Elaine Lutz Martins (Universidade Federal do Amazonas)

Resumo:
INTRODUÇÃO: O povo Sateré-Mawé faz parte da cultura Tapajós-Madeira, rios situados entre os estados do Amazonas e do Pará, e integram a família linguística tupi-guarani¹. A mulher exerce papel importante para a etnia do povo Sateré-Mawé, e cada fase de sua vida tem peculiaridades conforme as tradições. OBJETIVOS: Relatar experiência vivenciada pelos acadêmicos na disciplina de Saúde da Mulher do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, produto de um trabalho acadêmico. Realizou-se entrevista com a representante da Associação das Mulheres Sateré-Mawé, situada em Manaus-AM, onde foi questionada sobre condutas das mulheres no período gravídico puerperal. RESULTADOS: Algumas crenças culturais estavam relacionadas com o desenvolvimento saudável da gestação, como não olhar para o rio à tarde e não voltar para buscar objetos que foram esquecidos. O parto geralmente era realizado pela parteira da tribo, pela avó ou pelo marido. Eram utilizados chás e rituais que acelerassem e auxiliassem o processo do nascimento. No puerpério, a mulher era isolada com o bebê, para prevenção de intercorrências no pós-parto. CONCLUSÃO: A etnia traz na sua cultura aspectos que envolvem as boas práticas durante o parto e pós-parto, como a liberdade de escolher a posição desejada durante o parto, o direito ao acompanhante e o resguardo durante o puerpério. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: Condutas preconizadas pela enfermagem obstétrica baseada em evidências, que encontram muita resistência pela sociedade, são utilizadas pela etnia no ciclo gravídico-puerperal. Assim, muito se pode absorver dos Sateré-Mawé visando melhorar a assistência de enfermagem à mulher. REFERÊNCIAS: 1. Botelho, JB, Weigel, VA, C.M. Comunidade sateré-mawé Y’Apyrehyt: ritual e saúde na periferia urbana de Manaus. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.18, n.3, jul.-set. 211, p.723-744. Descritores: Saúde da mulher; Saúde Indígena; Gestação.