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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 817

COMUNICAÇÃO COORDENADA


817

O CUIDADO DA CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO SOBRE DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DA ENFERMAGEM

Autores:
Maíra Rosa Apostólico () ; Emiko Yoshikawa Egry (Universidade de São Paulo - Escola de Enfermagem) ; Lucimara Fabiana Fornari (Universidade de São Paulo - Escola de Enfermagem) ; Rafaela Gessner (Universidade de São Paulo - Escola de Enfermagem) ; Rosa Maria Godoy Serpa da Fonseca (Universidade de São Paulo - Escola de Enfermagem)

Resumo:
Introdução: Enfrentar a violência infantil na atenção primária em saúde (APS) requer a instrumentalização dos profissionais. O cuidado de enfermagem sistematizado possibilita desenvolver ações amparadas cientificamente. Os Diagnósticos (DE) e Intervenções (IE) de Enfermagem qualificam a assistência. Objetivo: Conhecer os DEs e IEs identificados pelos enfermeiros da APS e verificar a acurácia frente a situações de violência infantil. Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, tipo estudo de caso. Foi utilizado instrumento online com descrição de dois casos de violência infantil na APS no qual solicitou-se o apontamento dos DEs e IEs. Participaram do estudo 51 enfermeiros, em Curitiba e São Paulo. A coleta de dados foi realizada de junho a agosto de 21 e no primeiro semestre de 214, respectivamente. Foi disponibilizada a lista de diagnósticos e intervenções da Classificação Internacional de Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva. Aos resultados aplicou-se a Escala de Acurácia de Diagnósticos de Enfermagem. Resultados: Os diagnósticos de violência ou risco para violência foram acionados pelos participantes. Entre os cenários, 5 DEs (caso 1) e 4 DEs (caso 2) foram distintos enquanto as acurácias nula, média e alta foram semelhantes. Em São Paulo, situações de negligência, violência física e sexual foram relacionadas ao diagnóstico Violência Doméstica ou Risco para Violência Doméstica. Em Curitiba, os relatos de violência física e negligência foram menos relacionados aos diagnósticos específicos, prevalecendo intervenções direcionadas ao cuidado corporal. As IEs mais acionadas correspondem aos DEs de acurácia alta. Conclusões/Implicações: Não houve preponderância das ações e estratégias de reconhecimento e prevenção da violência no contexto de transformação das relações familiares e desnaturalização do fenômeno. A existência de diagnósticos de enfermagem de acurácia nula revela que o raciocínio clínico precisa ser desenvolvido na formação profissional.