COMUNICAÇÃO COORDENADA
805 | A CONDIÇÃO DE PRÉ-FRAGILIDADE DE IDOSOS E A HABILITAÇÃO PARA DIREÇÃO DE VEICULOS AUTOMOTORES | Autores: Maria Helena Lenardt () ; Susanne Elero Betiolli (Universidade Federal do Paraná) ; Leticia Marie Sakai (Universidade Federal do Paraná) |
Resumo: Maria Helena Lenardt1; Susanne Elero Betiolli2; Leticia Marie Sakai3
Introdução- A identificação da condição de pré-fragilidade é essencial para o planejamento de cuidados na atenção à saúde. Soma-se a isso a necessidade de aprimorar os cenários dos órgãos e serviços que são de utilidade dos idosos, para que possam atender melhor as particularidades deles. Objetivo- Investigar a associação entre a condição de pré-fragilidade física e a habilitação de idosos para dirigir veículos automotores. Metodologia- Estudo transversal realizado com 347 idosos submetidos aos exames de aptidão física e mental, em 11 clínicas credenciadas pelo órgão de trânsito de Curitiba/PR. Analisaram-se os dados no Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Resultados- 163 são pré-frágeis, 74,8% utilizam carro com direção manual, 58,9% usam óculos para dirigir, 33,1% evitam dirigir durante a noite, 96,3% dirigem nos bairros, 78,5% pelas rodovias, 1,8% relataram dificuldade em apertar os pedais, 43,6% possuem a força de preensão manual reduzida, 39,9% diminuição do nível de atividade física, 38% redução da velocidade da marcha. Quanto ao resultado final 22,7% foram aptos para direção, 6,7% inaptos temporariamente 7,6% aptos com restrição e não houve associação à pré-fragilidade (p=,744). Conclusão- A pré-fragilidade se mostrou elevada, contudo, não houve relação entre os resultados da habilitação. Contribuições para a Enfermagem- O estudo é inédito na Enfermagem Gerontológica e traz contribuições para os idosos e sociedade ao sugerir que seja realizado no exame de aptidão física e mental um screening inicial da fragilidade física, uma vez que a força de preensão manual e dos membros inferiores são condições prioritárias para uma direção segura. Referências- Fried L. et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences 21; 56A (3):146-56. Naumann RB. Driving self-restriction in high-risk conditions: How do older drivers compare to others. Journal of Safety Research 42 (1) 211; p. 67-71 |