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593 | O PROCESSO DE SOFRIMENTO MORAL NO COTIDIANO DE TRABALHO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE | Autores: Cecília Maria Lima Cardoso () ; Danielle de Araújo Moreira (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Hanna Beatriz Bacelar Tibães (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Lívia Napoli Afonso (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Jéssica Martins Amaral (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Maria José Menezes Brito (Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo: Introdução: a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é reconhecida como agente de transformação social, situando a família como o foco central da atenção e o Agente Comunitário de Saúde (ACS) como elo entre os serviços de saúde e a comunidade1. O cuidado na ESF envolve aspectos éticos e morais, num processo de tomada de decisão pautado em valores, crenças e saberes, que podem se constituir em situações desafiadoras
ocasionando o Sofrimento Moral (SM). Objetivo: refletir sobre o cotidiano de trabalho dos ACS e o processo de SM. Descrição métodológica: pesquisa qualitativa, realizada em 214, com 18 ACS’s das ESF do município de Paraopeba-MG. Utilizou-se para a coleta de dados a entrevista semiestruturada e estes foram submetidos à análise de conteúdo temática2. Resultados: a falta de estabelecimento de limites aos usuários, a proximidade do ACS com a comunidade conhecendo seus problemas e situações de vulnerabilidade social são fatores potenciais no desencadeamento do SM. Os profissionais revelaram que se deparam frequentemente com situações conflituosas e que se percebem num dilema quanto à tomada de decisão, estabelecendo-se um problema ético. Percebe-se, pois a necessidade moral de agir, porém há impedimentos para sua atuação. Conclusões: o cotidiano de trabalho dos ACS apresenta situações que potencializam o SM podendo gerar a fragilização do cuidado. O estudo revela a importância do ACS refletir sobre seu trabalho e enfrentar situações capazes de desencadear o SM, considerando que este profissional contribui com o fortalecimento do vínculo entre o enfermeiro e a comunidade. |