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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 538

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538

ANÁLISE DE GÊNERO NO PROCESSO DE VIVER A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO CARDÍACA

Autores:
Murilo Pedroso Alves () ; Cíntia Koerich (Universidade Federal de Santa Catarina) ; Giovana Dorneles Callegaro Higashi (Universidade Federal de Santa Catarina) ; Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni (Universidade Federal de Santa Catarina) ; Maria Aparecida Baggio (Universidade Federal de Santa Catarina) ; Alacoque Lorenzini Erdmann (Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo:
INTRODUÇÃO: Na perspectiva de gênero, o processo de viver a cirurgia de revascularização miocárdica pode significar enfrentamentos distintos pelos indivíduos que a vivenciam 2,3. OBJETIVO: Analisar as vivências de homens e mulheres sobre a cirurgia de revascularização miocárdica na perspectiva de gênero. MÉTODO: Utilizou-se a TFD4, através de entrevista com 17 participantes distribuídos em dois grupos amostrais: pacientes e familiares. Estudo realizado a partir dos dados do projeto intitulado: “Significando a experiência cirúrgica e o processo de viver do paciente submetido à revascularização cardíaca”, com coleta de dados realizada de março a abril de 21, em um hospital de referência em cardiologia em Santa Catarina/Brasil. Os aspectos de gênero se destacaram nos depoimentos, mesmo não se configurando como foco inicial do estudo. RESULTADOS: Observaram-se diferenças entre as vivências entre homens e mulheres. Em relação ao lazer, as mulheres além de manter as mesmas atividades de lazer de outrora, adicionaram novas opções ao seu cotidiano. Em contrapartida, os homens consideram que as atividades prévias de lazer estavam atreladas a comportamentos não saudáveis, optando pelo isolamento social ao enfrentamento das mudanças necessárias. No que diz respeito à sexualidade, diminuição ou restrições são necessárias após a cirurgia, para as mulheres as alterações vivenciadas na vida sexual, parecem não ter muita relevância. Para os homens, as mudanças interferem no desempenho sexual, levando-os a optar pela redução ou abstinência. Já em relação aos hábitos alimentares, as mulheres apresentam-se mais flexíveis ao aderir às recomendações de uma dieta equilibrada, os homens mostram-se insistentes e continuam consumindo alimentos considerados inadequados para a prevenção ou para reincidência da doença aterosclerótica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da significativa diferença que os gêneros apresentaram nas experiências vinculadas ao processo de viver a CRM, os enfermeiros, em suas orientações e cuidados, podem favorecê-los, atuando nos múltiplos aspectos que envolvem o cuidado ao ser humano. Descritores: Enfermagem; Revascularização Miocárdica; Gênero e Saúde. REFERÊNCIAS 1. Gomes R, Couto, MT. Relaciones entre profesionales de la salud y usuarios/as desde la perspectiva de género. Salud colect. 214; 1(3): 353-63. 2. Quintana JF, Kalil RAK.Cirurgia cardíaca: manifestações psicológicas do paciente no pré e pós-operatório. Psicol. hosp. (São Paulo). 212; 1(2): 17-32.   3. Custódio FM, Gasparino RC. Qualidade de vida de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. REME rev. min. enferm. 213; 17(1): 126-35. 4. Strauss AL, Corbin J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento da teoria fundamentada. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 28.