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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 463

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463

SOFRIMENTO E ADOECIMENTO ENTRE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DA REDE HOSPITALAR DA SESAB

Autores:
Milla Pauline da Silva Ferreira () ; Andrei Souza Teles (Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Thereza Christina Bahia Coelho (Universidade Estadual de Feira de Santana)

Resumo:
Introdução: O sofrimento e o adoecimento no trabalho são resultantes de situações adversas presentes na organização ou no modo como o trabalho é realizado. Objetivo: Identificar as situações de sofrimento e adoecimento no trabalho entre trabalhadores de enfermagem de hospitais públicos. Metodologia: Estudo qualitativo, no qual foram entrevistados oito trabalhadores, incluindo enfermeiros e técnicos de enfermagem de dois hospitais públicos da SESAB. Foi realizada entrevista semiestruturada para a coleta dos dados. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Resultados: Os resultados apontam ser comum a ocorrência de sofrimento nos trabalhadores principalmente quando desejam fazer mais pela saúde dos pacientes ou quando presenciam a dor e a ansiedade do outro e não podem ajudar, seja pela inflexibilidade dos hospitais ou seja pela grande demanda de usuários. Além disso, os discursos revelaram que o não reconhecimento do trabalho realizado pela enfermagem e a desvalorização são situações geradoras de grande sofrimento. Observou-se a presença de problemas de saúde orgânicos como gripe, ganho de peso, hipertensão, desgaste físico, tendinite e dores na coluna devido à sobrecarga de trabalho, dupla ou tripla jornada de trabalho, estresse e superlotação dos serviços. Conclusão: O trabalho em hospitais é ainda considerado como fonte de sofrimento e adoecimento pela persistência de condições inadequadas de trabalho e pelo não reconhecimento do trabalho da enfermagem. Contribuições para a Enfermagem: O local de trabalho não deve ser um ambiente que favoreça o adoecimento, capaz de causar insegurança aos trabalhadores como evidenciado nas falas. Daí a necessidade de se conhecer as reais situações que afetam a vida e a saúde dos trabalhadores, para que se possa promover um ambiente que seja fonte de realização pessoal, de satisfação, de status e de prazer.