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454 | ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR AMPLA COBERTURA DE ORIENTAÇÃO GENÉTICA PARA FAMÍLIAS DE CRIANÇAS COM TRAÇO FALCIFORME | Autores: Shirley Nunes dos Santos () ; Ana Maria Milani Cioban (Universidade Estadual de Campinas) ; Terezinha Ayako Sugai (Universidade Estadual de Campinas) ; Ana Márcia Chiaradia Mendes-castillo (Universidade Estadual de Campinas) ; Vitória Regia Pereira Pinheiro (Universidade Estadual de Campinas) |
Resumo: INTRODUÇÃO: Indivíduos heterozigotos para anemia falciforme possuem chances elevadas de gerar filhos doentes, justificando a relevância de identificá-los e convocá-los para consultas de orientação genética, com o intuito de esclarecer a família e empoderá-las para decisões sobre planejamento familiar. No entanto, o índice de absenteísmo nessas consultas ainda é preocupante em nosso contexto. OBJETIVO: Descrever as estratégias adotadas em um Serviço de Referência em Triagem Neonatal para reduzir o número de faltosos nas consultas de orientação genética para as famílias de crianças com traço. METODOLOGIA: Relato de Experiência Profissional. RESULTADOS: O Serviço de Triagem Neonatal do CIPOI existe desde outubro de 1992. Ao todo, já foram realizadas 23.118 orientações genéticas. No início do programa: os pais de crianças com traço eram convidados por carta a comparecer no serviço para realizar coleta de sangue para identificação de quem seria o portador do traço falciforme. Depois, agendávamos uma data para retornar e receber os resultados, bem como a orientação genética. A adesão era aquém do desejado. Posteriormente: passamos a enviar uma carta e também uma mensagem via celular. No dia agendado, além da coleta de sangue, entregamos o resultado do recém-nascido e já fornecemos também a orientação genética. Com essa estratégia, a adesão melhorou, mas continuamos com um grande número de faltosos (cerca de 3%). Atualmente, estamos juntamente com a geneticista do programa elaborando um curso de capacitação para os enfermeiros para a descentralização da orientação genética. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acreditamos que, com o evoluir de nossas estratégias, permitiremos a um maior número de indivíduos ou famílias a tomada de decisões conscientes e equilibradas a respeito da procriação.
REFERÊNCIAS
Guimaraes, CTL; Coelho. GO. A importância do aconselhamento na Anemia falciforme. Rev Ciência e Saúde Coletiva 21; 15: 1733-4.
Brasil. Doença Falciforme: O que se deve saber sobre herança genética. Ministério da Saúde. 214. 48p. |