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450 | LESÃO RENAL AGUDA COMO PRINCIPAL COMPLICAÇÃO NO PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: IMPLICAÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM | Autores: Alisson Henrique Santos Ribeiro () ; Wellington Luiz de Lima (UNIPLAN) ; Luzia Alves Pereira Gusmão (Instituto de cardiologia do Distrito Federal) ; Higor Alencar dos Santos (Instituto de cardiologia do Distrito Federal) ; Marcia Cristina de Silva Magro (Instituto de cardiologia do Distrito Federal) ; Tayse Tâmara da Paixão Duarte (Universidade de Brasília) |
Resumo: Introdução e Objetivo: Os aprimoramentos técnico-científicos ocorridos nos últimos anos possibilitam avanços nas técnicas de cirurgias cardíacas, as quais tem se tornado cada vez mais complexas e desafiadoras. O objetivo deste estudo foi verificar o perfil clínico dos pacientes que realizaram cirurgia cardíaca, identificando as principais complicações pós operatórias. Método: Estudo longitudinal, prospectivo e quantitativo. Foram acompanhados 5 pacientes que se submeteram a cirurgia cardíaca internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital do Distrito Federal. Incluiu-se os pacientes com idade igual ou superior a 18 anos e excluiu-se aqueles com insuficiência renal crônica. Pacientes que apresentaram comprometimento renal foram avaliados de acordo com classificação KDIGO. Foi considerado significativo os resultados com p<,5. Projeto de pesquisa submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, CAAE: 44999215.9..26. Resultados: A idade média dos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca foi de 58±15 anos, 56% (28) do sexo feminino, apresentando fração de ejeção média de 59,1±12,3%. O escore APACHE II foi 12,5±5,2. As cirurgias de maior incidência foram revascularização do miocárdio (RM) 48% (24), e troca valvar 4% (2), sendo que apenas 2% (1) realizou cirurgia combinada (RM e valvar). Entre as principais complicações apresentadas por estes pacientes estão: leucócitose 2% (1), congestão pulmonar 18% (9), fibrilação atrial(FA) 12% (6) e 78% (39) apresentaram disfunção renal, de acordo com a classificação KDIGO. Apresentaram menor incidência necessidade de terapia de substituição renal (1%), sepse (6%) e sangramento (6%). De acordo com a classificação KDIGO, 78% dos pacientes apresentaram disfunção renal, 48% (24) no estágio 1, 28% (14) no estágio 2 e 2% (1) no estágio 3. Entre os pacientes que apresentaram disfunção renal vs não apresentaram comprometimento da função renal, o tempo de uso de ventilação mecânica foi de 9 (715-196) vs 7 (48-965) minutos (p=,17); e necessitaram de transfusão sanguínea 39 vs 11 (p=,61) indivíduos. Não houve diferença significativa entre os dois grupos no tempo de circulação extracorpórea 93 (76-19) vs 92 (7-15) minutos e na idade 62 (49-7) vs 64 (53-7) anos. Conclusão/Implicações para enfermagem: O estudo contribuiu para estimular a implementação de sinais de alerta e implementação de medidas de prevenção da lesão renal aguda no cenário de terapia intensiva em paciente que se submeteram a cirurgia cardíaca. O conhecimento do perfil clínico do paciente cirúrgico permite que a enfermagem planeje sua assistência, proporcionando intervenções e ações para uma adequada recuperação do paciente cirúrgico, quando este apresenta disfunção renal, traçando prioritariamente medidas preventivas aos possíveis agravos deste paciente, proporcionando uma recuperação adequada, reduzindo tempo de permanência na UTI deste paciente. |