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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 432

COMUNICAÇÃO COORDENADA


432

O IMPACTO DA TRANSFERÊNCIA HOSPITALAR NO ATRASO PARA A REALIZAÇÃO DA ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA NOS SERVIÇOS PÚBLICO E PRIVADO EM SERGIPE: REGISTRO VICTIM

Autores:
Larissa Andreline Maia Arcelino () ; Laís Costa Souza Oliveira (Universidade Federal de Segipe) ; Jussiely Cunha Oliveira (Universidade Federal de Segipe) ; Jeferson Cunha Oliveira (Universidade Federal de Segipe) ; Ikaro Daniel de Carvalho Barreto (Universidade Federal de Segipe) ; José Augusto Soares Barreto Filho (Universidade Federal de Segipe)

Resumo:
A Intervenção Coronariana Percutânea (ICP)Primária representa a estratégia padrão ouro para reperfusão de pacientes diagnosticados com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do seguimento ST (IAMCSST). Atrasos decorrentes da transferência hospitalar para um hospital com serviço de hemodinâmica podem contribuir para a não realização dessa terapia. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar o impacto da transferência -hospitalar de pacientes com IAMCSST na realização da ICP primária nos serviços público e privado em Sergipe. É um estudo transversal com abordagem quantitativa que utilizou dados do Estudo VICTIM (VIa Crucis para o Tratamento do Infarto do Miocárdio) no período de dezembro de 214 a abril de 216. Participaram do estudo 46 pacientes sendo 378 do serviço público e 82 do serviço privado. O sexo masculino foi predominante com idade média de 6,8±12,18 para os pacientes do serviço público e 61±13,18 para os do privado (p ,849). Observou-se que a maioria dos pacientes atendidos pelo serviço público (74,6%) passou por 1 instituição de saúde antes de chegar ao hospital com hemodinâmica, enquanto a maioria dos pacientes do serviço privado (65,9%) teve acesso direto (p<,1). O tempo médio gasto do hospital sem hemodinâmica para o hospital com hemodinâmica, no serviço público, foi de 22,3h e no privado 6,9h (p<,1). A taxa da angioplastia primária foi aquém do esperado em ambos os serviços (39,4% vs 74,1%, p<,1), porém os piores resultados foram observados no serviço púbico. A inexistência de um sistema porta aberta para atendimento cardiológico na rede pública associada a precariedade logística da rede de atenção à saúde em Sergipe revela uma importante falha assistencial visto que a necessidade da transferência inter-hospitalar contribuiu consideravelmente para o subuso da AP no nosso Estado. Demostrando a necessidade urgente de elaborar estratégias que aprimorem os encaminhamentos e as transferências hospitalares desses pacientes.