COMUNICAÇÃO COORDENADA
430 | A PERCEPÇÃO DO HOMEM SOBRE SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE DE SUA PARCEIRA | Autores: Tiago José Silveira Teófilo () ; Rafaella Alves Sarmento Costa (Universidade Federal de Campina Grande) ; Valkênia Alves Silva (Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB) ; Rafaela Felix Serafim Veras (Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB) |
Resumo: A apropriação da perspectiva de gênero resvala em desarticulações, sobretudo no que diz respeito à compreensão relacional do binômio homem-mulher. Nesse contexto, a sexualidade e a reprodução se polarizam na medida em que se desarticula o par masculino e feminino da configuração cultural de gênero. Objetivou-se investigar a percepção do homem acerca de sua importância na promoção e recuperação da saúde da mulher. Trata-se de um estudo exploratório, qualitativo realizado com dez homens cadastrados em Unidade de Saúde da Família, situada no município de Cuité, Paraíba. Para coleta, foi utilizado roteiro semiestruturado de entrevista e a análise foi realizada pela técnica de Análise do Conteúdo. Foram obedecidas as regulamentações da resolução 466/12, em relação aos aspectos éticos. Os resultados apontaram que a maioria dos homens não acompanham suas mulheres nos serviços de saúde, justificando indisponibilidade de tempo. Porém, acreditam na importância desta atitude, não havendo resistência ideológica aparente. No entanto, na utilização de métodos contraceptivos, houve relatos que defendiam a responsabilidade exclusiva da companheira. Outros confidenciaram, entretanto que os dois não utilizam métodos contraceptivos. Diante do exposto, identifica-se que as relações entre homens e mulheres refletem padrões culturais construídos socialmente, perpetuando a ideia de que os homens não se envolvem na promoção e recuperação da saúde de sua companheira, alegando a falta de tempo como fator preponderante e por considerarem tais atribuições como predominantemente femininas. Referências: 1. Schraiber LB, et al. Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado aos homens. Cad. Saúde Pública. Vol. 26, nº 5, p. 961-97, 21. 2. Gomes, R, et al Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva. Vol.16, nº 1, p. 983-992. 211 |