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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 397

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397

PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA VISUAL AUTORREFERIDA NO BRASIL: RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2013

Autores:
Nagila Soares Xavier Oenning () ; Letícia R. P. da Silveira (UFRGS) ; Midiany de Oliveira Soares (UFRGS) ; Stephani Amanda Lukasewicz (UFRGS)

Resumo:
Introdução: No mundo 223,4 milhões de pessoas têm incapacidade visual, sendo que 32,4 milhões são cegas. A OMS prevê o crescimento da cegueira de um a dois milhões de casos por ano, dobrando o número total de casos ao redor de 22. Objetivo: Apresentar a prevalência de deficiência visual autorreferida no Brasil a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Métodos: Estudo transversal descritivo com dados da PNS de 213. A prevalência de deficiência visual foi avaliada em adultos >18 anos segundo dados sociodemográficos e da deficiência (tipo de deficiência, acometimento dos olhos e grau de limitação da deficiência). Os dados foram analisados utilizando-se o programa SPSS® versão 18. Resultados: A prevalência de deficiência visual reportada na amostra (n = 6.22) foi de 5,6% (IC95% 5,4-5,8). Observou-se maior prevalência de deficiência visual na população com mais de 75 anos (16,5%; IC95% 15,1-17,9), mulheres (5,7%; IC95% 5,4-5,9) e com menor escolaridade (12,7%; IC 95% 12,-13,5). A prevalência de deficiência visual adquirida foi mais frequente (92,3%; IC95% 91,3-93,2) em comparação com a deficiência congênita (7,7%; IC95% 6,8-8,7). Quanto à limitação das atividades, 42,1% consideram que a deficiência visual não limita as suas atividades. Conclusão: O estudo demonstrou na população brasileira uma maior prevalência de deficiência visual adquirida, entre idosos e com baixa escolaridade. Esses dados podem auxiliar os serviços de saúde e a atuação das equipes multidisciplinares, fornecendo base sólida para planejamento de políticas públicas de saúde. 1.Organização Mundial da Saúde. CIF: classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. São Paulo: Edusp; 23. (p. 21). 2.Pascolini D, Mariotti SP. Global estimates of visual impairment: 21. Br J Ophthalmol 212;96(5):614–8. Descritores: deficiência visual; inquéritos epidemiológicos; saúde pública.