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394 | Influência de características individuais e comportamentais na severidade de sintomas de trato urinário inferior na infância | Autores: Cristina Bretas Goulart () ; Gisele Martins (Universidade de Brasília) |
Resumo: Introdução: Componentes não biológicos como o estresse psicológico, experiências adversas na infância e desordens neuropsiquiátricas impactam na ocorrência de sintomas de trato urinário inferior (STUI) na infância. Assim, fatores comportamentais e ambientais podem influenciar a severidade dos STUI. Objetivo: Analisar a variabilidade de 4 atributos comportamentais da criança relativos ao uso do toalete: lugar, momento, posição e comportamento miccional, associando tais atributos com a severidade dos sintomas. Método: Estudo de abordagem quantitativa, de cunho transversal e descritivo. A coleta de dados baseou-se na extração e análise de prontuários de agosto de 213 até dezembro de 215 de crianças atendidas no ambulatório de Prática Avançada de Enfermagem em Uropediatria do Hospital Universitário de Brasília. Resultados: Verifica-se que 41% crianças relataram que não sentavam no vaso sanitário ao usar o toalete fora de casa; 12% das crianças forravam o vaso com papel higiênico para sentar-se, e 4% das crianças levavam papel higiênico para se limpar, enquanto 31% das crianças não mudavam nenhum hábito de higiene ou de comportamento durante a micção ao usar o toalete fora de casa. Dependendo dos hábitos de uso ao toalete, esses sintomas pioravam como o hábito de não se sentar no momento da micção; entretanto, os STUI melhoravam ao forrar o vaso com papel higiênico antes de usá-lo e conseguir apoiar os pés no chão durante a micção. As meninas apresentaram sintomas mais severos que os meninos. Conclusão: Os STUI podem ser afetados por fatores biopsicossociais e a severidade dos mesmos podem variar de acordo com hábitos miccionais da criança. As crianças que tem sintomas mais severos são as que não se sentam no vaso ao usar o toalete fora de casa e as do sexo feminino. Esta investigação visa compreender o papel e o impacto de fatores extrínsecos associados à severidade de STUI na infância. |