Pôster
364 | A DIMENSÃO POLÍTICA NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: PERSPECTIVAS DA ENTIDADE DE CLASSE, CONSELHO E INSTITUIÇÕES DE ENSINO | Autores: Aline Di Carla Laitano () ; Deybson Borba de Almeida (Universidade Federal da Bahia) ; Gilberto Tadeu Reis da Silva (Universidade Federal da Bahia) ; Victor Porfirio Ferreira Almeida Santos (Universidade Federal da Bahia) ; Cora Coralina dos Santos Nunes (Universidade Federal da Bahia) ; Graziela Araujo Dourado (Universidade Federal da Bahia) |
Resumo: Introdução: A formação política expressa-se na prática pedagógica intencionada exercida em ambiente democrático, que reconhece os conflitos de classe, preparando pessoas para a prática do discurso, pensamento e julgamento com vistas ao desenvolvimento de atitudes: auto-interrogar-se, argumentar, propor soluções e decidir(1). Ao tratarmos dos cursos de enfermagem e considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais para esses cursos, explicita-se a necessidade do compromisso com princípios da Reforma Sanitária Brasileira e do Sistema Único de Saúde. Diversos estudos sobre a atuação de enfermeiras apontam para o caráter normativo e prescritivo, baseado no modelo biomédico, com fragilidade de compreensão sobre a dimensão política no trabalho. Objetivo: Analisar a dimensão política na formação de enfermeiras, técnicas e auxiliares em enfermagem. Descrição metodológica: Trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semi-estruturadas junto aos representantes de instituições de ensino superior e técnico, COREn-Bahia e ABEn-Bahia. Posteriormente, procedeu-se a análise de conteúdo através da análise temática. Resultados: Identificamos a fragilidade no entendimento da dimensão política na formação, sendo compreendido como aspectos políticos da instituição, invisível e/ou impróprio. Observamos a compreensão controversa da existência e inexistência da formação política na prática pedagógica. Conclusão: A dimensão política foi interpretada como essencial para trilhar o caminho de mudança em direção a um saber crítico-reflexivo, guardando intrínseca relação com identidade profissional e reconhecimento social. Implicações para enfermagem: Esta reflexão pode apontar para a necessidade de revisão dos currículos, das práticas pedagógicas e para a revisão do papel das entidades de classe e conselho frente à precariedade desta dimensão formativa. Referencias: 1 Arendt H. A Condição Humana. 1 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária; 27.
Descritores: Política; Enfermagem; Educação em enfermagem |