Pôster
246 | O HPV E PRESENÇA DA VULNERABILIDADE ENTRE MULHERES JOVENS EM UM CAMPO REPRESENTACIONAL | Autores: Maria Cristina de Melo Pessanha Carvalho () ; Ana Beatriz Azevedo Queiroz (Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ) ; Bianca Dargam Gomes Vieira (Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/Universidade Federal Fluminense.) ; Carina Bulcão Pinto (Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ) ; Gabriela Silva dos Santos (Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ) |
Resumo: O HPV E PRESENÇA DA VULNERABILIDADE ENTRE MULHERES JOVENS EM UM CAMPO REPRESENTACIONAL
Maria Cristina de Melo Pessanha Carvalho
Ana Beatriz Azevedo Queiroz
Bianca Dargam Gomes Vieira
Carina Bulcão Pinto
Gabriela Silva dos Santos
Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais frequentes na população feminina. As situações de vulnerabilidade podem interferir nas condutas de prevenção neste segmento da população. Trata-se de mulheres jovens acerca do HPV diante da vulnerabilidade tendo como alicerce a Teoria das Representações Sociais (TRS). Objetivo: analisar as implicações das representações sociais das mulheres jovens acerca dessa infecção frente às possíveis práticas/ações sugeridas como representativas da prevenção do HPV. Metodologia: Pesquisa qualitativa, entrevista semiestruturada, 64 mulheres estudantes de uma escola de ensino médio do Município do Rio de Janeiro As participantes foram divididas em dois grupos de pertença: mulheres adolescentes e mulheres jovens. Dados coletados e organizados em um Banco de Dados e processados pelo Programa Alceste. Resultados: O corpus teve aproveitamento de 73% e apontou 7 classes discursivas. Destacou-se o campo representacional em que trouxe como destaque a presença das mulheres jovens, quando as representações sociais do HPV ancoram na falta de higiene, sendo representada como a doença nojenta e suja, seja na associação com o sexo heterossexual, seja com o sexo promíscuo. Observou-se neste campo que as participantes não se auto percebem como vulneráveis ao HPV, consideram-se como pessoas que tem higiene e não são promíscuas. Diante dessa representação, adotam medidas preventivas como ter higiene e manter-se em relacionamentos de confiança no parceiro, não sendo necessário o uso do preservativo. Conclusão: O referencial da TRS possibilitou atualizar a natureza das correlações estabelecidas pelas adolescentes e mulheres jovens com evento do HPV e as condutas de vulnerabilidade. Foi possível compreender o sentido dado por essas mulheres às práticas preventivas frente a essa infecção. É necessária uma postura educativa e livre de preconceitos e estigmas dos profissionais de saúde frente aos jovens com relação aos aspectos referentes à sexualidade, levando em consideração o senso comum e o seu ambiente social em que estão inseridas.
Descritores: Saúde da mulher ; papilomavírus humano, análise de vulnerabilidade
EIXO I – Linhas de cuidado e Política de Saúde.
Referencias:
1. Ayres JR, Paiva V, França IJ, Gravato N, Lacerda R, Della Negra M et al. Vulnerability, human rights and comprehensive health care needs of young people living with HIV/AIDS. Am. J. Public. Health. 26; 96(6): 11 -16.
2. Mello et al. Epidemiologia do Papilomavírus Humano (HPV) em adolescentes. NewsLab, Ed. 11, p. 172-198, 21.
3. Moscovici S. A psicanálise: sua imagem e seu público. Petrópolis: Vozes; 212 |