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163 | A VIVÊNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM | Autores: Carolina Santamaría González () ; Roberto N. de Albuquerque (Centro Universitário UDF) |
Resumo: Título: A vivência dos cuidados paliativos pelos profissionais de enfermagem. Introdução: O diagnóstico de qualquer doença gera expectativas, insegurança e ansiedade na pessoa e em sua família. Ajudar indivíduos com doenças avançadas e potencialmente fatais e seus familiares é uma abordagem de atenção à saúde denominada cuidado paliativo. Objetivo: Verificar como a equipe de enfermagem da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Apoio de Brasília lida com a morte e o morrer e qual a sua atuação frente aos pacientes internados. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, exploratório por meio de entrevistas semi-estruturadas realizadas com dez profissionais de enfermagem no mês de novembro de 215. Resultados: Três eixos significativos emergiram da pesquisa: a concepção sobre a morte; a concepção sobre cuidados paliativos e; o fazer de enfermagem no cuidado paliativo. As entrevistadas concebem a morte como um processo natural da vida. A equipe tem uma ideia clara e objetiva do que são os cuidados paliativos e da importância de oferecer um cuidado integral ao paciente. Foram apontadas três definições: conforto físico e minimização dos sintomas sofridos pela doença; conforto psicológico oferecido ao paciente e seus familiares e; qualidade de vida. Dentro do fazer de enfermagem foram apontadas ações que envolvem o atendimento das necessidades biopsicossociais e espirituais do paciente e da família e algumas dificuldades enfrentadas pela equipe, como: a falta de suporte psicológico para os profissionais de enfermagem e o desconhecimento sobre cuidados paliativos por outros profissionais, pacientes e familiares. Conclusões: faz-se necessário um olhar mais atento para as necessidades emocionais e psicológicas da equipe de enfermagem. Percebe-se que a equipe ainda não está preparada para lidar com a morte e o sofrimento de seus pacientes e com a dor de seus familiares. Foram evidentes os sentimentos de ansiedade, impotência e sofrimento das profissionais ao se depararem com a morte. Torna-se impreterível incluir estratégias e apoio psicológico constante que envolvam a resiliência e a morte junto aos profissionais. A capacitação em cuidados paliativos é insuficiente para a equipe de enfermagem. Esta pesquisa evidencia a necessidade da instauração da residência de enfermagem em cuidados paliativos no Hospital de Apoio de Brasília. Referências: Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de Cuidados Paliativos. 2ª edição, Porto Alegre, 212. Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Transdisciplinaridade em Oncologia: caminhos para um atendimento integrado. 1ª edição, São Paulo, 29. |