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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 119

COMUNICAÇÃO COORDENADA


119

ATIVIDADES EDUCATIVAS DESENVOLVIDAS NOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM HIV/AIDS NO BRASIL E PROFISSIONAIS QUE AS EXECUTAM

Autores:
Juliana Pereira Domingues () ; Denize Cristina de Oliveira (UERJ) ; Elizabeth Teixeira (UERJ) ; Antonio Marcos Tosoli Gomes (UERJ) ; Cinthia Pereira Silva (UERJ)

Resumo:
A complexidade da aids exige novas estratégias para o cuidado das pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), dentre elas destacam-se as atividades educativas que valorizam a comunicação entre as pessoas1. Assim, objetivou-se identificar as atividades educativas desenvolvidas nos serviços de atendimento às PVHA no Brasil e os profissionais que as executam. Os dados foram coletados em 211, por questionário estruturado, e analisados com auxilio do software SPSS®, por estatística descritiva. Participaram do estudo 54 instituições de saúde que atuavam em serviços de atenção às PVHA, nas cinco regiões brasileiras, sendo que 53,7% das instituições realizavam atividades educativas na sala de espera. Dessas, 14,8% discutiam temas propostos pelos clientes, 31,5% passavam vídeos educativos, 35,2% realizavam palestras e 35,2% respondiam dúvidas trazidas pelos clientes. Das atividades educativas realizadas na sala de espera com os clientes com HIV/aids, 29,6% eram realizadas por enfermeiros, 25,9% por assistentes sociais, 13% por psicólogos, 7,4% por técnicos de enfermagem, 5,6% por médicos, 3,7% por auxiliares de enfermagem e dentistas e 1,9% por farmacêuticos. Quanto às atividades educativas individuais, 68,5% são realizadas pelo enfermeiro, 5% pelos assistentes sociais, 48,1% pelo médico, 46,3% pelos psicólogos, 27,8% pelos técnicos de enfermagem e 9,3% pelos auxiliares de enfermagem, dentistas e farmacêuticos. Ademais, a orientação para o uso de antirretrovirais são realizadas com maior frequência na consulta médica (74,1%) e de enfermagem (51,9%). Conclui-se que há uma discrepância significativa na participação dos profissionais nas atividades educativas realizadas com as PVHA na sala de espera, destacando-se a atuação dos enfermeiros. Desse modo, observa-se a necessidade de uma maior participação de outros profissionais da equipe multiprofissional, já que todos assistem às PVHA dentro de suas especificidades e são importantes para um atendimento de qualidade às PVHA. Borges MJL, Sampaio AS, Gurgel IGD. Trabalho em equipe e interdisciplinaridade: desafios para a efetivação da integralidade na assistência ambulatorial às pessoas vivendo com HIV/Aids em Pernambuco. Ciênc. saúde colet.212; 17(1):147-156. Descritores: Enfermeiros; Aids; profissionais da saúde