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108 | O ENVELHECIMENTO DAS TRAVESTIS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA | Autores: Robson Lovison () ; Vera Márcia Marques Santos (UDESC) ; Marson Luiz Klein (UDESC) |
Resumo: A relação entre a travestilidade e o envelhecimento é tema de interesse da saúde pública, e por conseguinte da enfermagem, de onde lançamos o olhar acadêmico. Objetivou-se analisar a produção científica acerca do envelhecimento das travestis no Brasil, através das publicações ocorridas nos últimos quinze anos. Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando como base de busca a Biblioteca Virtual em Saúde, Google Acadêmico, Medline e Scielo, empregando os descritores: travestis; gênero; envelhecimento e corpo, no período de 2 a 215. Foram encontrados 19 trabalhos, indicando que estudos sobre o envelhecimento de travestis são escassos, especialmente quando consideradas questões de atenção à saúde, ainda que se tenha percebido progressivo aumento nas publicações. Os estudos apontaram que os aspectos como exclusão social, familiar e profissional, levam muitas travestis à prostituição1,2, configurando-se num processo histórico e continuo que pauta suas vidas. Envelhecer, no entanto, é um privilégio, uma vez que o percentual de travestis que ultrapassa os 3 anos de idade, é significativamente baixo, relacionado ao estilo de vida adotado, por lhes faltar opções dignas3. As questões de saúde constituem grandes desafios a serem enfrentados durante suas vidas, havendo carência na efetivação de políticas públicas de saúde voltadas a este segmento. Sugere-se a atuação da enfermagem na construção da cidadania das travestis, a partir da luta pela implementação de ações de saúde e no atendimento digno e respeitoso, considerando suas especificidades. |