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107 | Representações sociais de profissionais de saúde sobre práticas de cuidado em HIV/AIDS | Autores: Cleuma Sueli Santos Suto () ; Mirian Santos Paiva (Universidade Federal da Bahia) ; Jeane Freitas Oliveira (Universidade Federal da Bahia) ; Edméia de Almeida Cardoso Coelho (Universidade Federal da Bahia) |
Resumo: A epidemia da aids se mantém relevante no Brasil, sendo necessário um cuidado profissional às pessoas vivendo com HIV/aids livre de restrições e estereótipos. O estudo teve como objetivo apreender o conteúdo das representações sociais de profissionais de saúde sobre HIV/aids e sobre o cuidado. Trata-se de pesquisa descritiva com abordagem qualiquantitativa, orientada pela Teoria das Representações Sociais. Participaram 73 profissionais de saúde que atuam em unidades de referência de Salvador, Bahia, Brasil. A produção dos dados foi alcançada através da evocação livre de palavras para os estímulos ‘HIV/aids’ e ‘cuidado a pessoa com HIV/aids’ além da caracterização socioprofissional e de práticas de profissionais. Os dados das evocações foram submetidos ao software Tri-deux-Mots para análise quantitativa. As evocações processadas revelaram que profissionais de serviços ambulatoriais ligados a unidades hospitalares representam a aids como ‘morte, sofrimento, falta de cuidado e tratamento’ e o cuidado como ‘tratamento e adesão ao tratamento’, evidenciando aspectos negativos que se contrapõem aos conhecimentos e avanços científicos constatados nas práticas de cuidado através do tratamento ofertado à doença. Os/as profissionais com menor tempo de atuação profissional revelaram sensibilidade e abertura para as questões relevantes deste fenômeno como sexualidade, vulnerabilidade. Consideramos que a apreensão das representações sociais de profissionais, por estarem relacionadas ao tempo de formação, tempo atuação e tipo de serviço, indicam que o contexto sócio-histórico e cultural dos/as profissionais possibilita distinguir influências advindas do cotidiano do cuidar e às normativas implantadas pelas políticas públicas adotadas no Brasil. Acreditamos que a influência do processo de formação e a incorporação das políticas apontam possibilidades de práticas de cuidar que respeitem cada vez mais as subjetividades inerentes ao tema. |