COMUNICAÇÃO COORDENADA
96 | ATIVIDADES RELACIONADAS AO CONTROLE DO TRATAMENTO COM ANTIRRETROVIRAL NAS PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS NOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS NO BRASIL | Autores: Sergio Corrêa Marques () ; Denize Cristina de Oliveira (Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Fatima Maria da Silva Abrão2 (Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Pernambuco) ; Hellen Pollyanna Mantelo Cecílio4 (Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Leonardo Alves Sampaio (Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) |
Resumo: O objetivo deste estudo é descrever as atividades dos profissionais de saúde no controle do tratamento antirretroviral (TARV) nas pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) nos serviços de atendimento especializado no Brasil. Estudo descritivo, quantitativo, desenvolvido em 54 serviços situados nas regiões geográficas do Brasil, em 211/212. A coleta de dados foi realizada com profissionais de saúde utilizando-se questionário e os dados foram organizados em tabelas, sendo analisados por meio da estatística descritiva. Os resultados evidenciaram que a maior parte dos serviços estava localizada nas regiões Sudeste e Norte, sendo que os Municípios que mais contribuíram com o estudo foram Recife, Cuiabá e Rio de Janeiro. A verificação do uso correto da medicação é realizada com maior frequência questionando diretamente o paciente (72,2%). A orientação para o uso correto da medicação é realizada mais frequentemente na consulta médica (74,1%), na consulta de enfermagem (51,9%) e pelos profissionais da farmácia (33,3%). Para o cliente com dificuldade na adesão ao TARV as condutas adotadas que mais se destacaram nos serviços foram: redução do intervalo das consultas (64,8%), orientação individual com profissional de nível superior (57,4%), reforço da importância da adesão na consulta médica (53,7%) e mudança de esquema terapêutico, quando possível (48,1%). Conclui-se que a complexidade que envolve a TARV requer vários tipos de cuidados e procedimentos específicos. Esses, em sua maioria, são voltados ao controle efetivo do paciente e para promover o resgate do mesmo à terapia quando a adesão já não se dá de forma plena. Isto exige dos serviços e profissionais de saúde o planejamento e a implementação de atividades que possam atender estas e outras demandas das PVHA em uso de antirretroviral. |