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68 | O COTIDIANO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS FRENTE AO IMPACTO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Juliana Silva da Rocha () ; Kleisson Pereira da Silva (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Ricardo de Mattos Russo Rafael (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) |
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Introdução: A Atenção Primária à Saúde vem sendo definida, de modo mais abrangente, como um conjunto de ações inter-relacionadas que se desenvolvem no primeiro nível de atenção de saúde, abrangendo a promoção e proteção da saúde, a cura, a reabilitação e a redução de danos. As equipes são necessariamente compostas por um mínimo de seis agentes comunitários de saúde (ACS), indivíduos que vivem nas comunidades assistidas e que atuam como o principal elo com as pessoas do território. Motivados pela necessidade de propiciar espaços de experiências extensionistas para os alunos de graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, optou-se pela construção deste Projeto. Objetivo: relatar as experiências vivenciadas pelos graduandos de Enfermagem no desenvolvimento deste Projeto de Extensão. Metodologia: Relato de experiência das atividades realizadas em 216. Resultados: A problematização é o alicerce para o desenvolvimento deste projeto. Após seleção dos municípios e unidades, especialmente em Nova Iguaçu, integrante da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, os graduandos realizam rodas de conversa sobre o cotidiano de vida destes profissionais. Além disso, aplicam um conjunto de instrumentos que possibilitam um reconhecimento das condições de vida, saúde, dos conhecimentos e práticas, e dos riscos vinculados aos profissionais. Concluídas estas reuniões, os dados são consolidados, e apresentados aos atores para que
juntos possam teorizar, produzir estratégias de intervenção e aplicá-las na realidade observada. Resultados: são perceptíveis os riscos – físicos, químicos, biológicos e ergonômicos - que estes trabalhadores estão expostos e que, por muitas vezes, são negligenciados pelas próprias equipes e pelos profissionais que os supervisionam. Há uma dificuldade de compreensão dos trabalhadores da saúde de que os ACS também são usuários dos serviços e partícipes da dinâmica comunitária, restando a observação dos agentes apenas como cuidadores e, com isso, marginalizando-os do processo de cuidado. Acredita-se que a oportunidade dos estudantes de vivenciarem os desafios que acompanham este projeto e de experimentarem o processo de construção deste olhar a partir dos agentes, pode contribuir com a formação de um enfermeiro crítico, reflexivo e que se apropria da função de cuidar de
quem cuida.
Descritores: Atenção Primária à Saúde, Relações comunidade-instituição, Saúde do Trabalhador |