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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 33

Pôster


33

O PROCESSO DE ALTA HOSPITALAR APÓS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA PERSPECTIVA DE CUIDADORES FAMILIARES

Autores:
Jamile Carvalho Rodrigues () ; Vanessa da Silva Carvalho Vila ; Ana Cláudiajaime de Paiva3

Resumo:
Introdução: A transição do cuidado hospitalar para o domiciliar após o acidente vascular cerebral (AVC) é reconhecido como um período complexo que tem sido negligenciado e para o qual deverão ser planejadas intervenções em saúde que favoreçam a continuidade dos cuidados (1,2). Objetivo: Compreender a experiência vivenciada por cuidadores familiares de pessoas que sobreviveram ao AVC no processo de alta hospitalar. Método: Estudo de caso qualitativo, participaram doze cuidadores familiares de sobreviventes do AVC, residentes em um município do oeste da Bahia, em uma perspectiva interpretativa, segundo os pressupostos metodológicos da hermenêutica moderna. Resultados: O processo de alta hospitalar foi descrito como um momento decisivo, com sentimentos contraditórios frente à necessidade de cuidados no domicílio. Apontaram lacunas assistenciais para a falta de preparo da alta hospitalar como déficits de comunicação dos profissionais de saúde e a falta de acolhimento no processo de alta hospitalar. Considerações finais: O estudo evidencia que o modelo de atenção à saúde ofertado não consegue acolher o cuidador familiar, oferecer suporte físico e psicológico, bem como, educação em saúde para nortear essas pessoas a conseguir cuidar do familiar dependente. Implicações para enfermagem: Os resultados permitem que o profissional reflita sobre as políticas públicas existentes para esse agravo, e identifique a necessidade de modelos de cuidado que tenham como foco central as pessoas, a continuidade dos cuidados, a tomada de decisão compartilhada sobre as terapêuticas necessárias e possíveis, para que o processo de transição do cuidado seja vivenciado de modo seguro e eficaz, promovendo a reabilitação e reinserção social dessas pessoas. Referências: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. 2. COLEMAN, E. A.; BERENSON, R. A. Lost in transition: challenge sand opportunities for improving the quality transitional care. Ann also finternal medicine. v. 141, n. 7, p. 533-536, 2004. Descritores: Acidente Vascular Cerebral; Alta Hospitalar; Cuidadores Familiares. EIXO I – Linhas de cuidado e Política de Saúde. ______________________ 1Enfermeira. Mestre em Atenção a Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Professora do IFBA, Campus Barreiras-BA. Email: jamilerodriguesca@gmail.com 2Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 3Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiás.