COMUNICAÇÃO COORDENADA
25 | ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR X VULNERABILIDADE ÀS IST/AIDS: PERCEPÇÃO DE ENFERMEIROS | Autores: Carla Marins Silva () ; Vanessa Silva de Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Tayná de Jesus Campos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Izaque do Nascimento de Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Daniela Soares de Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Octavio Muniz da Costa Vargens (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) |
Resumo: INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são problemas de saúde
pública mundialmente frequentes(1). Assim, as atividades de Planejamento Familiar podem ser
instrumentos na redução da vulnerabilidade às IST em mulheres. OBJETIVO: Desvelar a
percepção de enfermeiros, que atuam no planejamento familiar, em relação à vulnerabilidade
às IST/HIV de mulheres, a partir das atividades desenvolvidas. METODOLOGIA: Estudo
descritivo, qualitativo, realizado no serviço de planejamento familiar de um Hospital
Universitário do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 9 enfermeiras do Planejamento Familiar.
Dados analisados segundo a análise conteúdo(2). RESULTADOS: CATEGORIA 1:
“Abordagem do Tema IST/AIDS nos encontros do planejamento familiar”. As enfermeiras
relataram que IST/AIDS é abordado ao final de 4 encontros de planejamento familiar. Elas
caracterizam as oficinas como dinâmicas. São realizadas discussões em grupo a partir de
conhecimentos prévios do grupo e são utilizados recursos visuais. Abordam dupla proteção,
devido a busca apenas por anticoncepção. CATEGORIA 2: “Percebendo a mulher que
frequenta o Planejamento Familiar como vulnerável em decorrência da desigualdade de
gênero”. As enfermeiras evidenciaram que os homens impõem sobre a proteção durante a
relação sexual. Apontam que não querem usar preservativo e as mulheres têm dificuldades de
negociação do sexo seguro, principalmente aquelas em relacionamentos estáveis. Verbalizam
que essas mulheres se consideram fora do risco de contaminação. CONCLUSÕES: Apesar
das oficinas do planejamento familiar incluírem o tema IST/AIDS, não são suficientes para as
mulheres colocarem em prática o que foi apreendido. IMPLICAÇÕES PARA
ENFERMAGEM: É fundamental a reflexão sobre como essas ações educativas estão sendo
desenvolvidas, para reorientação dos programas de planejamento familiar incluindo o enfoque
de gênero nas discussões.
1. World Health Organization (WHO). Sexually transmitted infections (STIs). Fact sheet
N°110.Geneva: WHO; 2015. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs110/en/
2. Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70; LDA; 2009.
Descritores: Vulnerabilidade em saúde; Doenças sexualmente
trasnmissíveis; Planejamento Familiar. |