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Anais :: 68° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 25

COMUNICAÇÃO COORDENADA


25

ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR X VULNERABILIDADE ÀS IST/AIDS: PERCEPÇÃO DE ENFERMEIROS

Autores:
Carla Marins Silva () ; Vanessa Silva de Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Tayná de Jesus Campos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Izaque do Nascimento de Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Daniela Soares de Oliveira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Octavio Muniz da Costa Vargens (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo:
INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são problemas de saúde pública mundialmente frequentes(1). Assim, as atividades de Planejamento Familiar podem ser instrumentos na redução da vulnerabilidade às IST em mulheres. OBJETIVO: Desvelar a percepção de enfermeiros, que atuam no planejamento familiar, em relação à vulnerabilidade às IST/HIV de mulheres, a partir das atividades desenvolvidas. METODOLOGIA: Estudo descritivo, qualitativo, realizado no serviço de planejamento familiar de um Hospital Universitário do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 9 enfermeiras do Planejamento Familiar. Dados analisados segundo a análise conteúdo(2). RESULTADOS: CATEGORIA 1: “Abordagem do Tema IST/AIDS nos encontros do planejamento familiar”. As enfermeiras relataram que IST/AIDS é abordado ao final de 4 encontros de planejamento familiar. Elas caracterizam as oficinas como dinâmicas. São realizadas discussões em grupo a partir de conhecimentos prévios do grupo e são utilizados recursos visuais. Abordam dupla proteção, devido a busca apenas por anticoncepção. CATEGORIA 2: “Percebendo a mulher que frequenta o Planejamento Familiar como vulnerável em decorrência da desigualdade de gênero”. As enfermeiras evidenciaram que os homens impõem sobre a proteção durante a relação sexual. Apontam que não querem usar preservativo e as mulheres têm dificuldades de negociação do sexo seguro, principalmente aquelas em relacionamentos estáveis. Verbalizam que essas mulheres se consideram fora do risco de contaminação. CONCLUSÕES: Apesar das oficinas do planejamento familiar incluírem o tema IST/AIDS, não são suficientes para as mulheres colocarem em prática o que foi apreendido. IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: É fundamental a reflexão sobre como essas ações educativas estão sendo desenvolvidas, para reorientação dos programas de planejamento familiar incluindo o enfoque de gênero nas discussões. 1. World Health Organization (WHO). Sexually transmitted infections (STIs). Fact sheet N°110.Geneva: WHO; 2015. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs110/en/ 2. Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70; LDA; 2009. Descritores: Vulnerabilidade em saúde; Doenças sexualmente trasnmissíveis; Planejamento Familiar.