31/10/2012
PESQUISAS DA HISTÓRIA DA ENFERMAGEM EM DEBATE
O processo de conhecimento se constrói ao longo de uma trajetória de estudos, pesquisas e práticas coletivas. As atividades exercidas pela Enfermagem são temáticas mais comuns abordadas na produção científica, mas a História da Enfermagem ainda precisa ampliar seus espaços dentro da comunidade acadêmica.
Esse foi um dos assuntos debatidos durante a manhã de terça-feira, na abertura do 3º Colóquio Latino Americano de História da Enfermagem (3º CLAHEn), no Teatro da PUC/RS.
As pesquisadoras Paola Galbany Estragués, da Universidad Autonoma de Barcelona, Tânia Cristina Franco Santos, da UFRJ, e Maria Cristina Sanna, da UNIFESP, mediadas pelo coordenador da Comissão de Temas, Joel Rolim Mancia, mostraram um panorama dessa construção do saber na História da Enfermagem.
Ao mostrar um trabalho realizado em Barcelona, Espanha, Paola demonstrou como o estudo dos registros, hábitos e da cultura de um hospital no tratamento da tuberculose serviram para construir novas referências e fortalecer o papel da Enfermagem no cuidado aos pacientes. “As atividades podem passar despercebidas, por isso é tão importante manter estudos e pesquisas que resgatam a História e possibilitam novas práticas”, destacou Paola.
“A ampliação dos espaços vem ocorrendo e conferem visibilidade à Enfermagem na comunidade científica, mas ainda temos quantitativos pouco expressivos de recursos e pesquisas mais voltadas ao pragmatismo”, disse Tânia.
Maria Cristina mostrou dados que revelam um aumento da produtividade. “O crescimento de grupos cadastrados no CNPq passou de 193 em 2000 para 431 em 2012, sendo 37 vinculados à História da Enfermagem”, afirmou ela. Mesmo que muitos não sejam mantidos, há uma ampliação importante que permite produção crescente nos 83 programas de pós-graduação existentes no país.