29/10/2012
PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM DISCUTEM VISIBILIDADE DA ENFERMAGEM NO SISTEMA DE SAÚDE
Todas as falas da sessão de abertura do 64º Congresso Brasileiro de Enfermagem (64º CBEn) e 3º Colóquio Latino-americano de História da Enfermagem (3ºCLAHEn) ressaltaram a importância de ampliar o potencial da profissão como ciência social. Com o tema "Empoderamento da Enfermagem na aliança com o usuário", o evento provoca reflexões acerca das práticas e saberes. O 64º CBEn reúne cerca de quatro mil participantes entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, no Centro de Eventos da PUC, em Porto Alegre (RS).
A presidente da ABEn Nacional, Ivone Evangelista Cabral, lembrou que o tema central demarca mais uma posição de vanguarda da ABEn com a sociedade brasileira, a de aliar-se aos usuários, no enfrentamento dos problemas que afetam a população, a defesa dos direitos sociais que asseguram um viver digno e com integridade. “O acesso aos serviços de saúde implica em mudanças na qualidade das ações de saúde, principalmente, das práticas da Enfermagem, como parte da totalidade dos cuidados à saúde”, disse ela, que complementou: “A visibilidade da Enfermagem ainda precisa ser efetivada em alguns campos do saber, deslocando-se do modelo de atenção a saúde, centrado na doença e exclusivamente nos processos curativos, para um modelo centrado na singularidade da pessoa usuária do SUS”.
A presidente da ABEn Seção Rio Grande do Sul, Teresinha Valduga, ressaltou todos os números do evento, a preparação de todos os painéis e atividades paralelas, como as Rodas de Conversa da Tenda Paulo Freire, o lançamento de livros e a Mostra da Saúde da Família.
A pró-reitora de graduação da PUC/RS, Solange Medina Kretzer, deu as boas vindas a todos e aproveitou para elogiar a categoria: “É uma profissão de extrema relevância e que com essa presença maciça mostra sua força para vencer os desafios”.
A presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Márcia Cristina Krempel, fez um discurso enfático sobre os desafios da profissão e como consegue superar ao estar mais unida, buscando força e influência em várias instâncias de representação. “Todas as organizações em conjunto conseguirão enfrentar com mais efetividade problemas como qualificação, carga horária excessiva e falta de condições de trabalho”, disse ela.“Nós somos a base do SUS”, disse a presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Solange Caetano, que lembrou a importância da difusão de informações entre os profissionais: “Este é um marco nos debates da nossa profissão”. O diretor adjunto do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Alexandre Florêncio, fez um relato breve das mudanças que tem ocorrido nas redes de assistência e parabenizou a ABEn Nacional pelo trabalho histórico em prol da formação dos profissionais.