29/10/2012
Conferencista norte-americana analisa imagem do profissional
Por meio de uma videoconferência, a pesquisadora da Universidade da Califórnia, Suzanne Gordon, traçou um perfil de como enfermeiros/as lidam com o conhecimento. Ela é jornalista e premiada autora de 12 livros, foi colunista dos jornais New York Times, Los Angeles Times, Washington Post, entre outros grandes periódicos.
Para cerca de quatro mil participantes que acompanhavam a fala com tradução simultânea, a conferencista abordou os conflitos existentes entre a comunicação das/os enfermeiras/os, médicos e pacientes. “Muitas pessoas ignoram a natureza do trabalho mental dos profissionais de Enfermagem e muito disso deve-se à forma como os próprios profissionais encaram suas práticas”, disse ela, que resumiu: “As enfermeiras sentimentalizam suas ações e os médicos intelectualizam. Com essa diferença, os profissionais da Enfermagem não se sentem empoderadas o suficiente para revelar o trabalho fundamental que exercem no sistema de saúde”.
Para Suzanne essa imagem foi construída historicamente, pois a Enfermagem tem sua base na devoção e na religiosidade das freiras que exerciam essa profissão. “Treinados para atuar como assistentes e desenvolver habilidades, os profissionais nem sempre conseguem mostrar seus conhecimentos complexos. Para melhorar isso é preciso falar sobre o assunto. As enfermeiras devem cada vez mais contar suas histórias, suas práticas e difundir suas habilidades técnicas”.
No final da Conferência, a pesquisadora leu um poema que na essência dizia que fazer Enfermagem significa salvar vidas, lidar com o limiar entre a alegria e a tristeza e curar.