9963090 | A SORODISCORDÂNCIA NA PRÁTICA SEXUAL SEGURA DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS | Autores: Isadora Lorenna Alves Nogueira|isadora_lorenna@hotmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem (ufrn)|doutoranda (ufrn)|universidade Federal do Rio Grande do Norte ; Valéria Gomes Fernandes da Silva|valeriafernandes7@hotmail.com|enfermeira|graduação Em Enfermagem (ufrn)|mestranda Em Enfermagem (ufrn)|universidade Federal do Rio Grande do Norte ; Maria Aparecida Alves de Oliveira Serra|cidinhaenfaufc@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem (ufc)|professora Adjunta do Departamento de Enfermagem (ufma)|universidade Federal do Maranhão ; Tatiana Maria Nóbrega Elias|tatianaelias@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem (ufrn)|doutoranda (ufrn)|universidade Federal do Rio Grande do Norte ; Rejane Maria Paiva de Menezes|rejemene@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem (usp)|professora Associada Iii do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem (ufrn)|universidade Federal do Rio Grande do Norte |
Resumo: **OBJETIVO**: Identificar o impacto da sorodiscordância em práticas sexuais seguras, na perspectiva de pessoas que vivem com o vírus HIV. **MÉTODO**: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, onde os dados foram coletados a partir de uma entrevista em profundidade gravadas em áudio com indivíduos cadastrados no centro ambulatorial especializado no tratamento e acompanhamento de pessoas com HIV / AIDS na cidade de Imperatriz, no estado do Maranhão. Os critérios de inclusão consistiram em pacientes com 18 anos ou mais, portadores do vírus HIV, e que estivessem em um relacionamento sexual com pessoas testadas previamente com resultado soronegativo para o vírus HIV. **RESULTADOS**: Os entrevistados mostraram que a condição sorodiscordante impõe a adoção de práticas sexuais seguras, onde se sentem incentivados a fazer uso do preservativo e da profilaxia pós-exposição, mesmo boa parte não conhecendo o método. A insegurança em transmitir o vírus ao parceiro se torna evidente diante dos relatos e mostram o papel significativo dos serviços de saúde na atuação com esse público. **CONCLUSÃO**: O avanço da terapia medicamentosa possibilitou que o paciente se sentisse mais seguro para viver as práticas sexuais, e adotasse os meios preventivos impulsionados pelo desejo de viver a relação sorodiscordante. A sorodiscordância constitui um fator fundamental no incentivo a adoção dos métodos preventivos, sobretudo ao uso do preservativo. Isso requer, portanto, uma assistência integralizada e direcionada para esse público em que possibilite ao paciente uma compreensão melhor da realidade em que ele está inserido. **IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: **Permitirá o redirecionamento das práticas de enfermagem voltadas ao indivíduo soropositivo, contribuindo para a integralidade da assistência do cuidado, uma vez que as necessidades individuais que este paciente necessita ter, vão além do bem-estar físico.
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