9920202 | Vulnerabilidade do cuidado na perspectiva dos enfermeiros oncologistas pediátricos | Autores: Kenia Oliveira Barbosa da Hora|kenia.0.barbosa@gmail.com|enfermagem|mestranda|enfermeira|universidade Federal do Rio de Janeiro ; Jussara Regina Martins|jussaramartinsjf@gmail.com|enfermagem|doutoranda|enfermeira|universidade Federal do Rio de Janeiro ; Polyana D´avila|kenia.0.barbosa@gmail.com|enfermagem|graduanda|enfermeira|universidade Estácio de Sá ; Glaucia Valente Valadares|glauciavaladares@ig.com|enfermagem|doutora|enfermeira|universidade Federal do Rio de Janeiro |
Resumo: Introdução: O cuidado é uma ação inerente a vida humana¹. Na liquidez do mundo
atual, abarca uma construção paradigmática dos enfermeiros sob o eixo
epistemológico do processo do cuidado. O humano nos dias atuais, padece de
confiabilidade e segurança nas relações sociais devido a suscetível
instabilidade dos valores e das situações de risco, individual ou coletivo. A
suscetibilidade ao risco é uma definição mais abrangente, evidenciada nos
estudos das últimas décadas. Este termo é precursor na saúde pública, através
da história da epidemia do HIV/AIDS. Objetivo: discutir sobre a
vulnerabilidade do cuidado na perspectiva dos enfermeiros oncologistas
pediátricos que se encontram inseridos no ambiente do cuidado de crianças com
diagnóstico de câncer. Metodologia: Trata-Se de um artigo reflexivo
descritivo. Na visão antropológica nas dimensões da vida e da saúde, podemos
afirmar que todos os seres viventes são vulneráveis. Esse conceito de
vulnerabilidade está intimamente relacionado às circunstâncias, à situação
analisada e ao contexto frente ao risco que o indivíduo está envolvido³. O
cuidado do enfermeiro oncologista pediátrico desvela-se no intuito de aliviar
o sofrimento humano, lidar com o estigma do processo de morrer e a qualidade
de vida dos envolvidos durante o longo tratamento repleto de incertezas na
tríade ser cuidado/cuidador/família. Na interação relacional dessa tríade
deve-se considerar o cuidador também como vulnerável e a necessidade da
autoconsciência de assegurar o cuidado de si. Conclusão: o cuidado de si deve
transcender e existir junto a qualquer prática. Em meio à crise epistemológica
do cuidado, remete-se a revalorização do cuidado integral e a responsabilidade
pela vida, que inclui, a saúde de quem cuida do outro. Contribuições para
Enfermagem: Nessa perspectiva, as reflexões norteiam para a promoção da saúde,
permitindo possibilidades para a discussão no cuidado - práxis, bem como
considerando a prática da enfermagem e a vulnerabilidade dos profissionais no
contexto ora apresentado.
Referências: 1- BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 20ª ed. Petrópolis, Rio de janeiro: Vozes, 2014. 2º reimpressão, 2017.
2-Oviedo, R A M. e Czeresnia, D O. conceito de vulnerabilidade e seu caráter biossocial. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. 2015, v. 19, n. 53 [Acessado 28 de Setembro 2018], pp. 237-250. Disponível em: . Epub 27 Mar 2015. ISSN 1807-5762. https://doi.org/10.1590/1807-57622014.0436.
3- Silva, M F. Consentimento informado: uma estratégia para mitigar uma vulnerabilidade na assistência hospitalar. Rev. Bioét. [Internet]. Abril de 2017 [citado em 28 de setembro de 2018]; 25 (1): 30-38. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422017000100030&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422017251163
4- Cosac, D C dos S. Autonomia, consentimento e vulnerabilidade do participante de pesquisa clínica. Rev. Bioét. [Internet]. Abril de 2017 [citado em 28 de setembro de 2018]; 25 (1): 19-29. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422017000100019&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422017251162. |