9822509 | VULNERABILIDADE E PROMOÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: DESAFIOS ÀS PRÁTICAS DOS ENFERMEIROS | Autores: Michelle Kuntz Durand|michakd@hotmail.com|enfermeira|phd Em Enfermagem Pelo Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina|docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná|universidade Federal do P ; Aldalice Pinto de Aguiar|aldapaguiar@hotmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem Pelo Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina|professora da Universidade do Estado do Amazonas/ Escola Superior de Ciências da Saúde ; Ivonete Teresinha Schülter Buss Heidemann|ivoneteheideman@gmail.com|enfermeira|phd Em Enfermagem de Saúde Pública|docente do Departamento E do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Universidade Federal do Paraná|instituto Federal de Santa Catarina ; Janaina Medeiros de Souza|janaina.medeiros.ufsc@gmail.com|fisioterapeuta|doutora Em Enfermagem Pelo Programa de Pós-graduação Em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina|docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Ca |
Resumo: **Objetivo:** analisar as dimensões programática e social da vulnerabilidade como desafios às práticas dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família na atenção à saúde da criança. **Método:** estudo de abordagem qualitativa do tipo participante, articulado com o Itinerário de Pesquisa de Paulo Freire, realizado por meio de Círculos de Cultura, caracterizado por três etapas interdependentes: investigação temática; codificação e descodificação e desvelamento crítico1. Participaram 16 enfermeiros da Estratégia Saúde da Família de cinco Unidades Básicas de Saúde, localizadas nos distritos de saúde no município de Manaus – Amazonas. **Resultado:** foram realizados 13 Círculos de Cultura, nos quais emergiram 20 temas geradores, sendo que quatro foram considerados pelos participantes, os mais pertinentes para a discussão da temática. A dimensão programática da vulnerabilidade às práticas de promoção à saúde da criança foi apreendida no processo de trabalho, caracterizado por acúmulo de atividades, dificuldade de trabalho em equipe e de acesso geográfico às famílias e déficit de recursos humanos. A dimensão social foi referente aos fatores socioeconômicos permeados pelo desemprego das famílias, pobreza, baixa escolaridade, tráfico de drogas e alto índice de violência nas comunidades onde residem às crianças e familiares, gravidez na adolescência e frágil rede de apoio social local2,3. **Conclusão e contribuições para a Enfermagem:** a aplicabilidade do Itinerário de Pesquisa de Paulo Freire contribuiu para a reflexão dos enfermeiros quanto à realidade de suas práticas, na atenção à saúde da criança, possibilitando a percepção e compreensão das condições de vulnerabilidade existentes, de modo a buscar intervenções para superação dos desafios enfrentados em suas práticas.
Referências: 1.Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2018.
2. Avellar SA , Supplee LH. Eficácia da visita domiciliar para melhorar a saúde infantil e reduzir os maus-tratos infantis. Pediatria. 2013 Nov; 132 Supl 2: S90-9. doi: 10.1542 / peds.2013-1021G.
3. Ayres, JRCM; França JI; Calazans, GJ; Saletti Filho, HC. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: novas perspectivas e desafios. In: Czeresnia, Dina; Freitas, Carlos Machado de. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2003. p.117-139, tab. |