9658833 | AUTONOMIA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE NO CAMPO OBSTÉTRICO: O DESRESPEITO DAS EXPECTATIVAS DAS MULHERES | Autores: Vivian Linhares Maciel Almeida|linharesmacielvi@yahoo.com.br|enfermeira|mestranda|mestranda|universidade Federal Fluminense - Uff ; Diego Pereira Rodrigues|diego.pereira.rodrigues@gmail.com|enfermeiro|doutor|doutor|universidade Federal Fluminense - Uff ; Valdecyr Herdy Alves|herdyalves@yahoo.com.br|enfermeiro|doutor|orientador|universidade Federal Fluminense - Uff ; Cristiane Cardoso de Paula|cris_depaula@hotmail.com|enfermeira|doutora|doutora|universidade Federal de Santa Maria - Ufsm ; Giovanna Rosario Soanno Marchiori|giovannasoanno@gmail.com|enfermeira|mestre|doutoranda|universidade Federal Fluminense - Uff |
Resumo: O presente estudo tem como **objetivo** desvelar os significados dos valores
na expressão dos profissionais de saúde que atuam no campo assistencial
obstétrico. **Método:** Estudo fenomenológico realizado em quatro maternidades
públicas da região metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, com 24
enfermeiros e 24 médicos, sendo realizado entrevista fenomenológica, que foram
transcritas na integra e analisadas conforme a Teoria de Interpretação de Paul
Ricoeur, obtendo a unidade de significação: O mundo obstétrico: a valorização
do processo de nascimento a partir da autonomia profissional. E, foi utilizado
a Teoria de Valores de Max Scheler com o propósito de responder ao objetivo do
estudo. **Resultados:** foi possível apreender a compreensão dos significados
dos profissionais de saúde que influenciam a forma de cuidar das mulheres no
cenário da parturição, determinando rotinas institucionais em saúde com
práticas padronizadas, muitas vezes sem base científica diretamente ligadas
aos significados dos seus valores no campo do parto e nascimento, apenas
sustentadas na autonomia profissional. **Conclusão**: Desse modo, os
profissionais de saúde atuam valorizando a sua autonomia e o próprio mecanismo
de reconhecimento do seu poder sobre o corpo da mulher, das suas expectativas,
suas carências vivenciais, em detrimento da sua prática profissional.
**Implicações para Enfermagem:** Torna-se necessário repensar o cuidado á
mulher no campo do parto e nascimento, e sustentar uma prática baseada no
conhecimento científico, como no respeito e empoderamento feminino.
Referências: 1. DINIZ, S.G..; SALGADO, H.O..; ANDREZZO, H.F.A..; CARVALHO, P.G.G..; CARVALHO, P.C.A..; AGUIAR, C.A..; et al. Abuse and disrespect in childbirth care as a public health issue in Brazil: origins, definitions, impacts on maternal health, and proposals for its prevention. Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano. São Paulo, v. 25, n. 3, p. 377-384, 2015.
2. AGUIAR, J. M. de.; D’OLIVEIRA, A.F.P.L.. Violência institucional em maternidades públicas sob a ótica das usuárias. Interface -Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 15, n. 36, p. 71-91, 2011.
3. RODRIGUES, D.P..; ALVES, V.H.; BRANCO, M.B.L.R..; MATTOS, R..; DULFE, MALHEIROS, P.A..; VIEIRA, B.D.G.. A violência obstétrica como prática no cuidado na saúde da mulher no processo parturitivo: análise reflexiva. Revista de enfermagem UFPE online, Recife, v. 9, n. supl 5, p. 8461-8467, 2015.
4. SCHELER, M. Da reviravolta dos valores. 2ª ed. Petrópolis: Vozes; 2012. 182p. |