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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 9609459


9609459

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE ADOLESCENTES EM ACOLHIMENTO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO/RJ*

Autores:
Claudia Rosane Guedes|docente.rosane@outlook.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira/docente|centro Universitário Celso Lisboa/ Programa de Pós-graduação da Faculdade de Enfermagem da Uerj/ppgenf ; Lucia Helena Garcia Penna|luciapenna@terra.com.br|enfermeira|doutora Em Saúde da Mulher E da Criança|professora Adjunta|programa de Pós-graduação da Faculdade de Enfermagem da Uerj/ppgenf ; Kezia Áurea Ramos de Almeida|kezia.aurea@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira|universitätsklinikum Schleswig Holstein ; Ricardo de Mattos Russo Rafael|prof.ricardomattos@gmail.com|enfermeiro|doutora Em Ciências|professor Adjunto|programa de Pós-graduação da Faculdade de Enfermagem da Uerj/ppgenf ; Joana Iabrudi Carinhanha|joanaiabrudi@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Adjunta|faculdade de Enfermagem da Universidade da Uerj.

Resumo:
**Objetivo**: Caracterizar o perfil sociodemográfico dos adolescentes em acolhimento institucional que vivenciaram relações afetivas intimas1.  **Método**: Estudo descritivo, exploratório do tipo seccional e quantitativo. O cenário foram as unidades públicas de acolhimento para adolescentes no município do Rio de Janeiro (SMAS/RJ). Participaram 72 adolescentes de ambos os sexos, entre 12 e 18 anos no período de abril-junho 2017. Utilizado formulário multidimensional 2. Análise através de Estatística descritiva: tabulação (EpiData); exportação ao Software STATA SE13. Respeitando a Resolução 466/2012. **Resultados**: Faixa etária de 12 a 18 anos, maioria do sexo masculino (P=63,9%). 87,3% a amostra era de negra, negros (P=42,2%) e pardos (P=45,1%). À escolaridade, 52,8% alcançaram o Ensino Fundamental II e somente 16,7%  Ensino Médio. Há distinções no perfil sociodemográfico entre os sexos feminino e masculino: 88,5% das meninas são pretas/pardas, enquanto meninos pretos/pardos totalizam 84,8% e à escolaridade, os meninos (17,6%) chegam mais ao Ensino Médio que as meninas (15,4%), refletindo a tendência mundial da mulher a baixa escolaridade. A mãe como única responsável (P=56,9%), 26,4% baixa escolaridade (Ensino Fundamental II). À escolaridade paterna, 43% não soube informar/não conheceu o pai. As figuras maternas: mercado de trabalho formal (P= 37,5%). A figura paterna ocupa mercado formal (P=44,4%). Dados do Levantamento Nacional demonstram o enfrentamento de carência financeira, precariedades na moradia, saneamento, alimentação, acesso à saúde e à escola nestas famílias 3,4,5, 6. **Conclusão**: Esse panorama traz à luz a vulnerabilidade diante dos desgastes dos laços familiares e sociais, dos estigmas e exclusão social legitimados na violência estrutural. **Implicações para enfermagem**: A prevenção à violência, ao uso de álcool e outras drogas se faz importante nos sistemas de atenção à saúde, escola e unidades de acolhimento, mas, ainda são temáticas que precisam ser discutidas em todos os espaços.


Referências:
1.Almeida KAR. Violências, relações afetivas e drogas: estudo com adolescentes em acolhimento institucional no Rio de Janeiro/RJ. Rio de Janeiro. Dissertação [Mestrado em Enfermagem] – Faculdade de Enfermagem Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2018. 2.Nascimento OC. Adaptação transcultural do inventário Parcours Amoureux des Jeunes – PAJ de origem canadense para o contexto brasileiro. Ciênc. saúde coletiva 2015; 20(11): 3417-3426. 3.Minayo MCS, Assis SG, Njaine K . Amor e violência: um paradoxo das relações de namoro e do ´ficar´ entre jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2011. 4.Wolfe DA. Development and validation of the conflict in adolescent dating relationships inventory. Pscychological Assessment 2001;13:277-93. 5.Unesco. Global Education Monitoring Report Summary 2017/8: accountability in education; meeting our commitments. Paris: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura; 2017. 6.Assis SG, Farias LOP. Levantamento Nacional das Crianças e Adolescentes em Serviço de Acolhimento. São Paulo: Hucitec; 2013.