9486207 | INICIAÇÃO SEXUAL, RELIGIÃO E A VULNERABILIDADE DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS | Autores: Sarah Werneck da Costa|swerneckc@gmail.com|estudante|graduanda de Enfermagem|bolsista Pibic/cnpq|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Thelma Spindola|tspindola.uerj@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Associada do Departamento de Fundamentos de Enfermagem|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Rayanni Sampaio Teixeira|rayanni.teixeira@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira Militar Voluntária da Marinha do Brasil|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Elizabeth Rose Costa Martins||enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora Adjunta do Departamento de Fundamentos de Enfermagem|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Débora Fernanda Marinho|deborafsm@outlook.com|enfermeira|mestranda Em Enfermagem|mestranda do Programa de Pós Graduação Em Enfermagem|universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Resumo: INICIAÇÃO SEXUAL, RELIGIÃO E A VULNERABILIDADE DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS ÀS
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Objetivos: Identificar a influência da religião na iniciação sexual dos jovens
universitários e analisar a vulnerabilidade dos universitários às infecções
sexualmente transmissíveis. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo,
qualitativo, realizado em uma universidade privada do município do Rio de
Janeiro, em 2016. Participaram da pesquisa 30 universitários, de ambos os
sexos, regularmente matriculados na instituição de ensino, com idades entre 18
e 29 anos. A coleta de dados ocorreu em três encontros, com a participação em
cada encontro de dez estudantes, sendo cinco homens e cinco mulheres, e
aplicação da técnica de grupo focal onde discutiram-se temas relacionados ao
objeto do estudo. Foram respeitados todos os aspectos éticos de pesquisa e
aprovado com CAAE 56763316.1.0000.5291. Os dados discursivos foram analisados
com emprego da técnica de análise de conteúdo e auxilio do software QRS NVivo
9.0. Resultados: Os jovens referiram que a religião interfere na iniciação
sexual, e, muitas vezes retarda a primeira relação sexual. A pressão da crença
religiosa interfere nas decisões e pode abreviar o momento de casar para ter
mais intimidade com o parceiro. Não houve relatos da influência da religião
com o uso de preservativos. A maioria dos participantes referiu ter usado
preservativo na primeira relação, contudo não utilizam de modo consistente.
Informam uso de álcool e/ou drogas antes do intercurso sexual denotando um
comportamento de risco para infecções sexualmente transmissíveis. Conclusão: A
religião pode influenciar a iniciação sexual dos jovens. Os jovens assumem um
comportamento sexual de risco em seus relacionamentos e ficam expostos aos
agravos de saúde. Contribuição para enfermagem: É importante que os
enfermeiros participem ativamente de ações para educação popular em saúde de
jovens, que são um grupo vulnerável aos agravos de saúde, conscientizando-os
sobre a importância do autocuidado.
Referências: 1.Ministério da Saúde (Br). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília (DF); 2015.
2.Macedo SRH,Miranda FAN, Pessoa Junior JM, Nóbrega VKM. Adolescência e sexualidade: scripts sexuais a partir das representações sociais. Rev. Bras. Enferm. 2013; 66(1): 103–9.
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5. Gomes A; Nunes C. Representação social do sexo nos jovens adultos portugueses. Psico. Reflex. Crit. 2015; 28(1): 177-85. |