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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 9393831


9393831

REDE DE CUIDADO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: VIDA NA DIFERENÇA

Autores:
Nereida Palko|nereidapalko@gmail.com|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professor Associado|universidade Federal do Rio de Janeiro ; Emerson Elias Merhy|emerhy@gmail.com|médico|doutor Em Saúde Coletiva|professor Titular|universidade Federal do Rio de Janeiro - Macaé ; Jane de Carlos Santana Capelli|jcscapelli@gmail.com|nutricionista|doutora Em Ciências|professor Associado|universidade Federal do Rio de Janeiro - Macaé ; Luiza Sanches Palacio Pinheiro|luizasanchez19@gmail.com|estudante|graduação de Enfermagem|discente de Enfermagem|universidade Federal do Rio de Janeiro ; Rayza Garcia Nascimento|garciarayza@globo.com|estudante|graduação de Enfermagem|discente de Enfermagem|universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo:
**Objetivo: **Analisar o uso da RAS por PD. Método: Pesquisa multicêntrica aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa – parecer: 876.415, desenvolveu a análise microvetorial da produção do cuidado no estudo cartográfico, descritivo com abordagem qualitativa que utilizou o usuário-guia como ferramenta para acessar as redes vivas (RV) da pessoa com deficiência (PD) no município do Rio de Janeiro no período de novembro de 2014 até outubro de 2016. A análise das narrativas ocorreu a partir dos regsitros das entrevistas livres e diários de campo. Resultados: O usuário-guia da visibilidade a uma RAS que existe e não existe, conforme a capacidade de conexões e articulações que produzem no sistema de saúde, mesmo que fortemente vinculados a certas equipes de saúde, não fazem usos exclusivos desses locais e produzem redes de conexões não previstas e conhecidas no mundo do cuidado. Consomem procedimentos, equipamentos tais como próteses, órteses; e acessam as especialidades conforme marcadores que a deficiência impinge, desafiando a construção e a implementação da RAS da PD em várias dimensões: pactuação interfederativa; financiamento; organização; incorporação tecnológica e logística; gestão; formação; e participação social. Conclus]ao: Embora haja investimento nas esferas da gestão em saúde, o acesso aos serviços de saúde da PD mostra a falta de orientação e informação, a ausência da operacionalização da linha de cuidado, e a condição da diferença que os remete a um “não lugar” social, público e familiar. Vivem na potência da diferença, criando mundos possíveis, acessando às tecnologias que atendem à efetiva experiência do direito à saúde, uma dimensão fundamental ao planejamento e execução do processo de produção do cuidado de enfermagem à PD nos diferentes pontos de atenção da RAS.


Referências:
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