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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 9390158


9390158

PERCEPÇÕES DA VIOLÊNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO ENTRE TRAVESTIS PROSTITUTAS

Autores:
Marcelle Aparecida de Barros Junqueira|marcellebarros@ufu.br|enfermeira|doutorado|professora 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia ; Lauro Ricardo de Lima Santos|lauroricls@hotmail.com|enfermeiro|mestrado|gerente da Casa-dia Idoso|secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia - Mg ; Maria Cristina de Moura Ferreira|mcmferreira@yahoo.com.br|enfermeira|doutorado|professora 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia ; Carla Denari Giuliani|denari@bol.com.br|enfermeira|doutorado|professora 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia ; Lucio Borges de Araújo|lucio.araujo@ufu.br|estatístico|doutorado|professor 3. Grau|universidade Federal de Uberlândia

Resumo:
**OBJETIVOS: **Identificar aspectos da violência no ambiente de trabalho de travestis profissionais do sexo, correlacionando com dados socioeconômicos. **METODOLOGIA:** Foi realizado um estudo transversal, descritivo, de caráter quantitativo, população do estudo foi constituída por 46 travestis, de maior idade, profissionais do sexo. **RESULTADOS E DISCUSSÕES:** A média de idade das travestis entrevistadas é de 24,3 anos com desvio padrão de 4,83. Foi visto que 25 (54,3%) das entrevistadas nunca sofreram violência física em seu ambiente de trabalho, porém, 30 (65,2%) firmam terem recebido violência do tipo verbal e 11 (23,9%) delas relatam violência sexual. Denotamos que apenas 10 (21,7%) delas já denunciaram algum tipo de violência. Podemos observar que a média de idade é de 23 (valor p= 0,028) anos das travestis que sofreram violência sexual e que a idade média das que fizeram denuncia sobre algum tipo de violência é de 21,4 anos (valor _p= _0,016). Assim destacamos uma relação sobre a idade e percepção das diferentes formas de violências diferidas para as entrevistadas. **CONSIDERAÇÕES FINAIS: **Há muitas Políticas Públicas e publicações com enfoque nesta população que sejam associadas apenas ao vírus do HIV/AIDS e ISTs, isso colabora para a estereotipagem desta população. Esse estereótipo criado implica nos atendimentos de saúde deste grupo, o que leva a uma queda na qualidade de vida desta população, e ainda, permitindo que aos direitos das pessoas _cis _sejam prioritários, ou por vezes, melhores_._** IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: **Com este trabalho o profissional de enfermagem que na maioria das vezes tem uma formação holística, sempre considerando o ser adoecido poderá repensar na abordagem que pode ser feita com travestis profissionais do sexo, desvinculando esse achismo que a única demanda deste grupo é sobre IST ou HIV/AIDS. Este trabalho torna-se parte fundamental para a melhoria da formação e prática profissional de enfermagem.


Referências:
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