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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 9133472


9133472

O PROCESSO DE CONVIVÊNCIA COM O HIV/AIDS APÓS A DESCOBERTA DIAGNÓSTICA: ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Autores:
Rachel Verdan Dib|rachelvdib@gmail.com|estudante de Enfermagem|ensino Superior Incompleto|estudante|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Virgínia Paiva Figueiredo Nogueira|virginiafigueiredo@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|enfermeira|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Antonio Marcos Tosoli Gomes|mtosoli@gmail.com|enfermeiro|doutor Em Enfermagem|professor Titular|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Mariana Luiza de Oliveira Fleury|mari-fleury14@hotmail.com|estudante de Enfermagem|ensino Superior Incompleto|estudante|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Luiz Carlos Moraes França|lcarlosmoraesfranca@hotmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem|professor|centro Universitário Anhanguera

Resumo:
**Objetivo:** Analisar o viver com HIV/Aids para pessoas que com ele convivem a partir do processo de descoberta do diagnóstico. **Método: **Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa baseada na teoria das representações sociais em sua abordagem processual. Participaram 32 pessoas que vivem com HIV/Aids atendidas no ambulatório especializado de um Hospital Universitário Estadual no município do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada em profundidade e analisados pela análise de conteúdo lexical com o _software _IRAMUTEQ. **Resultados: **A partir da análise, gerou-se a classe que trata do processo de descoberta diagnóstica do HIV/Aids. Os participantes do estudo são majoritariamente (68,7%) do sexo masculino, com idades entre 42 e 50 e acima de 51 anos (31,3% e 37,5%, respectivamente), católicos (31,25%) seguido por evangélicos (25%). O processo de descoberta diagnóstica revelou que nem sempre há aconselhamento, o que gerou dificuldades aos entrevistados. O pensamento social acerca do HIV/Aids ainda é composto por elementos como preconceito, estigma, discriminação, medo e, ao se ver infectado por este vírus, o paciente pode sentir muito sofrimento e pode ser necessário passar por etapas de aceitação até conseguir aderir ao tratamento. **Conclusão: **Apesar do avanço significativo no tratamento e a melhoria da qualidade de vida de quem possui a infecção, ainda há associação da doença à morte devido as memórias negativas que esta carrega, além da cultura ocidental e a memória social da síndrome. **Contribuições para a Enfermagem: **Devido a infecção pelo HIV ainda apresentar forte estigma, urge a necessidade do esclarecimento de dúvidas e o aconselhamento pelo profissional antes e após o diagnóstico, buscando acolher e criar vínculo com o paciente por meio do cuidado humanizado, livre de pré-julgamentos, corroborando para que a descoberta diagnóstica não cause impactos negativos, com contribuições à adesão terapêutica e informações claras sobre o HIV/Aids.


Referências:
1. KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fontes, 2008. 296p. 2.SILVA, D.F.B. Processos de luto em pessoas com HIV/Aids: uma abordagem psicológica, social e teológica. [dissertação de Mestrado] Escola Superior de Teologia. Programa de Pós-graduação em teologia. Mestrado em Teologia. São Leopoldo, 2013. 64p. 3. SOARES, M.S.; LIMA, C.B. Grito de dor e canção de amor: uma visão humanística da AIDS na perspectiva da espiritualidade. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2005.