9073690 | DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS PARA A REALIZAÇÃO DA INTERLOCUÇÃO COM A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE | Autores: Franciely Daiana Engel|francy.d15@hotmail.com|enfermagem|enfermeira|mestranda No Programa de Pós-graduação Em Enfermagem Na Universidade Federal de Santa Catarina|universidade Federal de Santa Catarina ; Alexandra Ferreira|xanferr@gmail.com|enfermagem|enfermeira|mestranda No Programa de Pós-graduação Em Enfermagem Na Universidade Federal de Santa Catarina|universidade Federal de Santa Catarina ; Selma Regina de Andrade|selma.regina@ufsc.br|enfermagem|doutora Em Enfermagem|professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina|universidade Federal de Santa Catarina ; Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello|alfm2709@gmail.com|odontologia|doutora Em Odontologia Em Saúde Coletiva|professora do Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina|universidade Federal de Santa Catarina |
Resumo: **Objetivo: **Identificar as dificuldades encontradas pelos profissionais para a interlocução com a Atenção Primária à Saúde. **Método: **Estudo de caso único com unidades integradas de análise. Os dados foram coletados por três fontes de evidência: pesquisa documental, entrevista e observação direta não participante. Como fonte documental utilizou-se o Manual de Vigilância do Óbito Infantil e Fetal e do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal. Realizou-se entrevista com um representante de cada Distrito Sanitário, totalizando cinco entrevistas. A observação direta não participante deu-se em uma reunião ordinária do Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, como estratégia analítica utilizou-se as proposições teóricas e o desenvolvimento da descrição do caso, para subsidiar a técnica analítica de construção da explanação. **Resultados: **Os profissionais dos Distritos Sanitários relatam algumas dificuldades na realização da interlocução, como a culpabilização dos profissionais da assistência pelo óbito materno, infantil ou fetal, e a não compreensão da interlocução como forma de revisar condutas, e não uma ação punitiva, cujo objetivo é qualificar a assistência. Outra dificuldade encontrada é o tempo demandado pelo Comitê para realizar a avaliação do óbito, havendo atrasos na realização da devolutiva à atenção primária, distanciando os eventos da memória da equipe e, por vezes, não sendo mais os mesmos profissionais que atuam na unidade. Por fim, os representantes reafirmam a necessidade de sistematizar a devolutiva, padronizando-a no município, uma vez que a não padronização dificulta esta prática. **Conclusão: **Os representantes distritais encontram dificuldades para realizar a interlocução com a atenção primária, nem sempre conseguindo efetuar esta prática de forma eficaz. **Contribuições para a Enfermagem: **Para alcançar a revisão de condutas e qualificação da assistência faz-se necessária a revisão da prática de interlocução com a atenção primária.
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual de vigilância do óbito infantil e fetal e do comitê de prevenção do óbito infantil e fetal. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. |