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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 9062874


9062874

AUTONOMIA DO ENFERMEIRO NO CONTEXTO HOSPITALAR: UM ESTUDO FOUCAULTIANO

Autores:
Silviamar Camponogara|silviaufsm@yahoo.com.br|enfermeiro|doutor|docente|universidade Federal de Santa Maria ; Sabrina Gonçalves Aguiar Soares|enfsabrinasoares@yahoo.com.br|enfermeiro|mestre|enfermeiro|universidade Federal de Santa Maria ; Mara Ambrosina de Oliveira Vargas|ambrosina.mara@ufsc.br|enfermeiro|doutor|docente|universidade Federal de Santa Catarina

Resumo:
Objetivou-se conhecer como vem se constituindo a autonomia na prática profissional do enfermeiro e analisar como o sujeito enfermeiro projeta-se no discurso acerca do exercício da sua autonomia no contexto hospitalar. Estudo qualitativo, analítico. Compuseram o material empírico do estudo, artigos publicados na Revista Brasileira de Enfermagem, entre os anos de 1986 a 2016 e, entrevistas narrativas, realizadas com 18 enfermeiros atuantes em unidades de internação clínica, de um hospital público da região Sul do Brasil. A produção de dados ocorreu entre os meses de abril a maio de 2018. A análise deu-se pelo referencial da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Os achados foram organizados em dois capítulos. O primeiro intitulado “Entre o dito e o não dito acerca da autonomia do enfermeiro: (des) continuidades nos discursos”, desvelou que a autonomia na prática profissional do enfermeiro perpassa pela centralidade do saber, pelo posicionamento político e pelas condições de trabalho. O segundo, intitulado “Autonomia no exercício profissional: governo de si do enfermeiro que atua na área hospitalar”, revelou que o discurso do sujeito enfermeiro no contexto hospitalar, perpassa por uma pluralidade de práticas de si, as quais produzem verdades que subjetivam e governam o modo de ser do enfermeiro direcionando-o ora como um sujeito submisso ora como um sujeito crítico. Conclui-se que, embora haja uma regularidade de práticas de si do enfermeiro, delineadas por discursos que sustentam o saber médico, é possível perceber um tímido movimento em direção a práticas discursivas que remetam a condições de possibilidade do enfermeiro constituir-se em sujeito ético. O estudo contribui com reflexões sobre o fortalecimento da autonomia na prática profissional.


Referências:
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