8971720 | ANÁLISE DA MORTALIDADE MATERNA COMO INDICADOR DE GESTÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. | Autores: Claudia Maria Messias|marimessi1512@gmail.com|enfermeiro|doutora|docente|universidade Federal Fluminense/eeaac/uff ; Halene Cristina Dias de Armada E Silva|halenearmada@gmail.com|enfermeiro|mestre|docente|universidade do Estado do Rio de Janeiro ; Sonia Acioli de Oliveira|halenearmada@gmail.com|enfermeiro|doutora|docente|universidade do Estado do Rio de Janeiro/uerj ; Maria Regina Bernardo da Silva|m.regina2000@uol.com.br|enfermeiro|mestre|docente|universidade Castelo Branco/ucb ; Francisca Regilene|halenearmada@gmail.com|enfermeiro|especialista|enfermeira|universidade Castelo Branco/ucb |
Resumo: Introdução: A mortalidade materna refere-se ao número de óbitos ocorridos
devido a situações diversas que variam desde o início do período gestacional
até um ano de vida do bebê1. Objetivo: Identificar a Razão de Mortalidade
Materna (RMM) no Município do Rio de Janeiro (MRJ), apresentando a causa dos
óbitos maternos. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, transversal, com
abordagem quantitativa, baseado em dados provenientes do Sistema de Informação
de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), no
período de 2016 a 2017. Foram utilizados dados de domínio público, sem a
identificação dos sujeitos, o que prescinde o uso do termo de consentimento
livre e esclarecido. A população do estudo constituiu-se em 61 óbitos
maternos, representando 100% da amostra constante na base de dados.
Resultados: A RMM em 2016 foi de 74,7 apresentando um aumento em 2017
alcançando o valor de 82,9. As causas classificadas na categoria Aborto
(gravidez ectópica, aborto legal) apresentaram perfil decrescente de 2016 para
2017, enquanto as causas classificadas nas categorias Toxemia Gravídica
(Hipertensão, Eclâmpsia e Pré-Eclâmpsia) e Complicações no puerpério (infecção
puerperal) aumentaram nesse mesmo período. Os óbitos por causa indeterminada,
transtornos de placenta e AIDS oscilaram entre 2016 e 2017. Conclusão: Causas
como aborto, toxemia gravídica e infecção puerperal podem ser um reflexo da
assistência prestada durante o pré-natal na APS, devendo os gestores junto às
suas equipes analisarem seus processos de trabalho através dos indicadores do
pré-natal visando a qualificação da assistência, promovendo discussões em
grupos de educação permanente como as comissões de mortalidade materna a fim
de reduzir a RMM e os óbitos preveníveis no MRJ.
Referências: Ferraz L, Bordignon M. Mortalidade materna no Brasil: uma realidade que precisa melhorar. Rev Baiana Saúde Pública [Internet].
2012 [cited 2017 Apr 05];36(2):527-38. Available from: http://files.bvs.br/upload/S/0100-0233/2012/v36n2/a3253.pdf
2. Faria DR, Sousa RC, Costa TJNM, Leite ICG. Mortalidade materna em cidade-polo de assistência na região Sudeste: tendência
temporal e determinantes sociais. Rev Méd Minas Gerais [Internet]. 2012 [cited 2017 Apr 20];22(1):1-128. Available from: http://
www.rmmg.org/artigo/detalhes/121
3. Brasil. Ministério da Saúde. Manual dos Comitês de Mortalidade Materna. 3a ed. Brasília: Ministério da Saúde [Internet]. 2009
[cited 2017 Feb 17]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_comites_mortalidade_materna.pdf |