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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 8797906


8797906

FATORES CONDICIONANTES À GESTÃO DO CUIDADO A POPULAÇÃO TRANS

Autores:
Maria Eduarda Grams Salum|dudasalum1@gmail.com|enfermeira|enfermeira|mestranda de Pós-graduação Em Enfermagem|universidade Federal de Santa Catarina ; Alacoque Lorenzini Erdmann|alacoque.erdmann@ufsc.br|enfermeira|doutora Em Filosofia da Saúde E Enfermagem|professora Titular do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina|universidade Federal de Santa Catarina ; Kamylla Santos da Cunha|kamyllascunha@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|doutoranda de Pós-graduação Em Enfermagem|universidade Federal de Santa Catarina ; Carolina Kahl|carolinakahl@hotmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|doutoranda de Pós-graduação Em Enfermagem|universidade Federal de Santa Catarina ; Ketlen Garcia|ketlen.garcia@hotmail.com|estudante de Graduação|acadêmica do Curso de Enfermagem|acadêmica do Curso de Enfermagem|universidade Federal de Santa Catarina

Resumo:
**Objetivo:** compreender os fatores que condicionam o desenvolvimento da gestão do cuidado à população transgênero no contexto da Atenção Primária à Saúde. **Método: **pesquisa de abordagem qualitativa, aporte teórico-metodológico na corrente _straussiana_ da Teoria Fundamentada nos Dados(1). Compuseram a amostragem teórica 15 profissionais de saúde do serviço de Atenção Primária à Saúde (APS) de um município localizado no sul do Brasil, divididos em dois grupos amostrais; o primeiro composto por oito enfermeiros, e o segundo por sete médicos de família e comunidade. As entrevistas foram realizadas entre março a maio de 2018. **Resultados: **o componente _condições_ intitulado “(In)visibilidade da população trans no acesso na Atenção Primária à Saúde” evidencia aspectos como a pouca procura da população trans aos serviços de saúde. Principais motivos que levam a população trans a procurar os serviços: questões relacionadas a necessidades de saúde em geral, não relacionadas à identidade de gênero, hormonização e efeitos colaterais da automedicação. Já os motivos que podem levar a não procura: contexto social ou familiar, não-respeito ao uso do nome social, preconceito social e culturalmente enraizado/transfobia e déficit de profissionais capacitados e sensibilizados para realização da assistência. Ademais, os participantes enfatizam fragilidade na formação profissional para o atendimento à população trans. **Conclusão:** identificar e compreender os aspectos condicionantes para a realização da gestão do cuidado a pessoa trans na APS possibilita a elaboração de estratégias para que o cuidado aconteça em sua totalidade. **Contribuições para a Enfermagem:** a formação de enfermeiros deve abranger as especificidades da população trans, de modo que estes profissionais estejam aptos a atender essas pessoas, respeitando sua individualidade e entendendo a diversidade humana, tornando as unidades de saúde locais acolhedores e aproximando esse público dos serviços, efetivando políticas públicas e garantindo a equidade de acesso aos serviços. "O presente trabalho contou com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001."


Referências:
1 – Corbin J, Strauss A. Basics of qualitative research: techniques and procedures for developing Grounded Theory. 4th ed. Los Angeles (CA): SAGE; 2015.