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20º SENPE • ISSN: 2237-3454
Resumo: 8206241


8206241

Aspectos socioeconômicos e hanseníase, condições que se retroalimentam: uma reflexão necessária

Autores:
Giovanna de Oliveira Liborio Dourado|giovannaliborio@hotmail.com|enfermeira|doutorado|docente|universidade Federal do Piauí ; Lídya Tolstenko Nogueira|lidyatn@gmail.com|enfermeira|doutorado|docente|universidade Federal do Piauí ; Jose Wicto Pereira Borges|wictoborges@yahoo.com.br|enfermeiro|doutorado|docente|universidade Federal do Piauí ; Telma Maria Evangelista de Araújo|telmaevangelista@gmail.com|enfermeira|doutorado|docente|universidade Federal do Piauí ; Dorlene Maria Cardoso de Aquino|dmcaquino@gmail.com|enfermeira|doutorado|docente|universidade Estadual do Maranhão

Resumo:
Objetivo: refletir sobre os aspectos sociodemográficos e hanseníase como condições que se retroalimentam em pessoas com hanseníase. Método: apresentar uma reflexão teórica feita com base em dados de tese realizada com 189 pessoas com hanseníase em município hiperendêmico do nordeste brasileiro. Resultados: A caracterização dos participantes do estudo denota aspectos de vulnerabilidade, adultos jovens, baixa renda, poucos anos de escolaridade, sexo feminino, desemprego. As pessoas com hanseníase vivem em um contexto que os torna vulneráveis ao adoecimento. A baixa escolaridade interfere no autocuidado, na busca por serviços de saúde, bem como nas possibilidades de emprego, o que mantem a situação de pobreza. O contexto de pobreza insere o indivíduo e família em uma condição de vulnerabilidade para hanseníase, ao desenvolver a doença está mais propenso a sofrer estigma, sendo alvo de exclusão e marginalização. O déficit de conhecimento aliado as fragilidades da atenção primária a saúde dificulta o diagnóstico precoce, o que possibilita o desenvolvimento de incapacidades físicas. O preconceito e estigma associado as marcas no corpo podem levar a evasão escolar e interferir na atividade laboral, o que leva o indivíduo a situação de pobreza. Conclusão: Os aspectos sociodemográficas e a hanseníase são circunstâncias que se retroalimentam, e ao passar dos anos esse contexto de condições desfavoráveis pode persistir e agravar, continuando a influenciar na qualidade de vida mesmo após a alta por cura.  Faz-se necessário refletir sobre essas condições e considerar esses aspectos para planejamento de ações de saúde.


Referências:
1 Gonçalves M, Prado MAR, Silva SS, Santos KS, Araujo PN, Fortuna CM. Work and Leprosy: women in their pains, struggles and toils. Rev Bras Enferm [Internet] 2018 [Acesso em:02 de fevereiro de 2019] 71(Suppl 1):660-7. Disponível em:dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0598 2 Who. Weekly epidemiological record Relevé épidémiologique hebdomadaire. ANNÉE [Internet]2017. [Acesso em:18 de fevereiro de 2019] v. 92, n. 35, p. 501-520. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/258841/WER9235.pdf?sequence=1. 3 Ministério da saúde (BR). Boletim Epidemiológico: Caracterização da situação epidemiológica da hanseníase e diferenças por sexo, Brasil, 2012-2016. Brasília, DF, 2018. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/31/2018-004-Hanseniase-publicacao.pdf. Acesso em: 4 de abril de 2019. 4 Ministério da saúde (BR). SAGE - Sala de Apoio à Gestão Estratégica. Morbidade – Hanseníase. 2018. Disponível em: http://sage.saude.gov.br Acesso em: 4 de novembro de 2018. 5 Araujo TME al. IntegraHans PI: Boletim de vigilância em saúde no município de Floriano/ PI: hanseníase 2016. Floriano. Universidade Federal do Piauí, 2018.